Aprender a ouvir e a perguntar. Esse é o eixo ético-humanista do novo curso de medicina da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), construído com base na política nacional de expansão das escolas médicas das instituições federais de educação superior, instituída pelo Ministério da Educação em julho de 2013. A primeira turma, com 60 estudantes, começou o curso em março deste ano, no campus-sede da Unifal, em Alfenas, Minas Gerais.
Um médico generalista, com boa formação em saúde da família, gestor de educação em saúde coletiva e social, é o perfil do profissional que a universidade pretende formar e entregar à comunidade, segundo Evelise Aline Soares, coordenadora do curso na instituição. A tônica, de acordo com Evelise, é prevenir a doença. Essa mudança vai na contramão da prática tradicional da formação de médicos, que é tratar a doença.
Para iniciar o aluno nessa formação, o currículo da Unifal criou um bloco de comunicação que inclui disciplinas, do primeiro ao sexto período, com prática externa, em unidades do programa Saúde da Família. Evelise salienta que as matérias seguem uma sequência na qual o futuro médico aprende a ouvir o paciente e a fazer as perguntas que o ajudarão a traçar um bom diagnóstico. Ao proceder dessa forma, o profissional vai pedir exames apenas como complemento, não ficará dependente deles para definir o tratamento.
Expansão — Em 2013, o MEC autorizou a abertura de 19 cursos de medicina, em 16 universidades federais, como parte do plano de expansão do ensino médico, num total de 1.080 vagas, conforme dados da Secretaria de Educação Superior (Sesu). A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com sede em Chapecó (SC), foi autorizada a abrir um curso, no campus de Passo Fundo (RS), com 40 vagas, no segundo semestre do mesmo ano. As outras 15 universidades foram autorizadas a abrir cursos ao longo deste ano, conforme as tabelas:
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