quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mestre Tião Oleiro é homenageado com Ordem do Mérito Cultural



Na quarta-feira (05), Dia Nacional da Cultura, foi realizada no Palácio do Planalto uma solenidade para homenagear personalidades brasileiras e estrangeiras por suas contribuições à cultura nacional. Em sessão solene, a presidenta Dilma Rousseff e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, entregaram a Ordem do Mérito Cultural a quatro instituições e a 26 personalidades, nas classes Grã-Cruz, Comendador e Cavaleiro. A deputada federal Fátima Bezerra (PT) prestigiou o evento que homenageou também o Mestre dos Congos de Ceará-Mirim, Tião Oleiro.
 
“Foi com muita alegria que participei da entrega do 20° Mérito Cultural Brasileiro. Depois da romancista Dona Militana ter recebido das mãos do presidente Lula esta comenda, agora é a vez do Mestre Tião Oleiro receber a comenda na classe Cavaleiro da Ordem do Mérito Cultural. Esse foi, sem dúvida, um dia muito especial para a cultura potiguar”, ressaltou Fátima que é membro da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados.
 
Para a presidenta Dilma Rousseff, a Ordem do Mérito permite valorizar e reconhecer a diversidade cultural existente no Brasil. "Os homenageados expressam essa diversidade que muito nos orgulha, esta mistura de sotaques, de propostas, de saberes e de manifestações culturais que compõem o mosaico que somos", afirmou. 
 
"Antes, o nosso desafio era a fome. Hoje, o brado é por outro tipo de alimento, o da alma. E a cultura é esse alimento. Ao reconhecer aqueles que se destacam por seu talento extraordinário, a Ordem do Mérito Cultural colabora com o engrandecimento da nossa cultura e presta merecida homenagem aos que a constroem no dia a dia", disse a ministra da Cultura, Marta Suplicy. 
 
 
Conheça
 
Sebastião João da Rocha (nome completo de Tião Oleiro) é um dos nossos mestres da cultura popular inseridos na Lei do Patrimônio Vivo, de autoria do deputado estadual Fernando Mineiro (PT). A lei oferece auxílio a folcloristas, mestres e grupos da cultura popular com mais de 20 anos de atuação no RN.
 
A vida dele foi dedicada inteiramente ao folclore através dos Congos de Guerra, apesar de ter sido trabalhador rural e foguista nos engenhos de açúcar de Ceará-Mirim. No tempo livre, se dedicava aos congos e pastoris, animados por ele e seu inseparável acordeom de oito baixos.
 
Em 1934, quando seu pai deixou o grupo, o mestre Tião Oleiro assumiu sua coordenação e, desde então, lutou para que essa tradição popular do vale do Ceará-Mirim não desaparecesse. Dessa forma, manteve preservadas durante os últimos 80 anos suas músicas, coreografias e dramatizações.
 
Com informações do MinC
Fonte: MinC

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