quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Aumento de 7% nos gastos com educação pressiona custo de vida em São Paulo

Aumento de 7% nos gastos com educação pressiona custo de vida em São Paulo


São Paulo - O Índice do Custo de Vida (ICV) na cidade de São Paulo, calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese), subiu 1,32% em janeiro. Em dezembro de 2011, a taxa havia ficado em 0,5%. Os grupos responsáveis pelo aumento da inflação na capital paulista foram os gastos com educação e leitura (7,17%), habitação (1,99%), alimentação (0,61%) e saúde (0,94%).
Segundo o Dieese, o reajuste médio das mensalidades dos cursos formais chegou a 8,5%. Por segmento, os maiores aumentos foram dados pelas escolas de educação infantil (10,17%), seguidas pelas instituições de ensino fundamental (9,9%), ensino médio (9,88%) e superior (6,8%). Outros itens que pressionaram o ICV em janeiro de forma acentuada foram livros didáticos (8,98%), jornais (8,45%) e cursos de línguas estrangeiras (7,45%).
O ICV dos últimos 12 meses acumulou taxa de 6,12%, ligeiramente superior a de 2011 (6,09%). Cinco dos dez grupos que compõem o índice apresentaram taxas superiores à média: educação e leitura (8,36%), saúde (7,56%), alimentação (6,97%), despesas pessoais (6,57%) e habitação (6,25%). Já os grupos transporte (4,44%), despesas diversas (4,19%), vestuário (2,90%) e recreação (1,49%) apresentaram variações menores.
A inflação do item educação e leitura (8,36%) foi agravada pelos aumentos superiores aos praticados em janeiro de 2011. Na educação, as maiores altas foram detectadas nos livros didáticos (9,22%), cursos formais (8,61%) e cursos diversos (8,22%). No quesito leitura, o aumento ocorreu nos preços de jornais e revistas (8,47%).
No grupo saúde (7,56%), as taxas dos subgrupos foram distintas: inflação mais alta na assistência médica (8,38%) e mais amena nos medicamentos e produtos farmacêuticos (4,28%). Os itens que mais subiram foram internação hospitalar (20,8%), seguros e convênios (8,44%) e consultas médicas (7,9%).
No grupo alimentação (6,97%), as taxas foram elevadas nos subgrupos alimentação fora do domicílio (9,77%) e bens da indústria alimentícia (7,18%); os produtos in natura (crus) e semielaborados (5,49%) subiram menos que o ICV.
A queda na taxa anual do grupo transporte, de 7,83% ao final de 2011 para 4,44%, deve-se, principalmente, à saída do aumento de 11,11% nas tarifas dos ônibus municipais, que vigorou em janeiro de 2011.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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