Na véspera do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, especialistas discutiram o chamado "empoderamento" (ganho de poder) econômico das mulheres e concluíram que a autonomia econômica é importante, mas é fundamental que a mulher tenha também maior capacidade de decisão no âmbito pessoal e da sociedade.
“Com a maior presença no mercado de trabalho, evidentemente que elas alcançam maior empoderamento e autonomia. O econômico tem papel importante, mas a mudança fundamental também vai para outros âmbitos, ela também necessita ter mais desenvolvimento na área pessoal, em relação à sua sexualidade, ao tipo de profissão que quer seguir”, disse a secretária executiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Lourdes Bandeira.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, considera que o Brasil tem avançado muito nas últimas décadas e que o Estado brasileiro tem construído políticas afirmativas efetivas para garantir mais espaço às mulheres.Ana Carolina Quirino, representante da ONU Mulheres, um órgão das Nações Unidas, compartilha a avaliação. “O empoderamento feminino não se restringe a acessar recursos e oportunidades econômicas, deve considerar também a capacidade das mulheres de influenciar as decisões econômicas e políticas".
“Nas nossas políticas públicas de inclusão da mulher do mercado de trabalho, isso também tem acontecido. No caso do Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], voltado ao público do cadastro único, quase 70% são mulheres; no Crescer [programa de microcrédito produtivo], que é uma linha de crédito para empreendedores, são mais de 70% de mulheres. Estamos conseguindo não só valorizar a mulher no mercado de trabalho, mas garantir que ela tenha uma inserção privilegiada”, disse a ministra.
As avaliações foram apresentadas durante a Sexta com Debate, evento organizado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (Sagi), do Ministério do Desenvolvimento Social.
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