Premiê português defende maior espaço ao Brasil na ONU
Primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, se reuniu com Dilma Rousseff.
Ele ressaltou que o Brasil 'se afirmou' internacionalmente nos últimos anos.
Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, disse neste domingo (2) que apoia o pleito brasileiro de “conquistar espaço” na Organização das Nações Unidas. O Brasil deseja ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Portugal apoia o Brasil para conquistar seu espaço no Conselho das Nações Unidas, tanto na questão geopolítica, quanto na geoeconômica”, disse.
Sócrates afirmou que o Brasil “se afirmou” no cenário internacional nos últimos anos. “O mundo mudou muito nos últimos anos em várias dimensões. E umas das delas é de maior importância para Portugal: foi a afirmação do Brasil tanto no plano econômico como no geopolítico. Em função disso, a parceria de Portugal com o Brasil, que já era prioridade, transformou-se em uma ainda maior prioridade”, disse. O premiê destacou a importância de ampliar parcerias entre empresas brasileiras e portuguesas.
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“Tenho certeza que as empresas brasileiras se lançarão ao mercado de Portugal. Não vão deixar de olhar para Portugal como um dos países que mais poderão fazer investimentos para obter ganhos no mercado europeu.”
Caso Battisti
Ele também comentou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Segundo Sócrates, a posição do governo brasileiro, que contraria os apelos da Itália, não afetará as relações com a União Europeia.
Ele também comentou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti. Segundo Sócrates, a posição do governo brasileiro, que contraria os apelos da Itália, não afetará as relações com a União Europeia.
“Tenho certeza de que nada afetará a relação do Brasil com a União Europeia”, disse. Sócrates afirmou ainda que não tratou da proposta de vender títulos da dívida pública portuguesa ao governo brasileiro, mas, a jornalistas, recomendou o investimento. “Este é um assunto que compete aos ministros de finanças. Mas comprar títulos portugueses é um ótimo investimento, que recomendo a todos vocês.”
Em 9 de dezembro, o ministro das Finanças de Portugal, Fernando Teixeira dos Santos, afirmou, após audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que a conversa abordou a possibilidade de "entidades governamentais" do Brasil comprarem títulos públicos emitidos pelo governo daquele país, ou seja, financiarem a economia portuguesa.
"O Brasil é estratégico. Nas emissões da dívida pública portuguesa, entidades brasileiras podem estar presentes. Entidades governamentais. Mas não se falou em valor. Falamos também sobre comércio e investimentos. Na relação de financiamento de nossas nações e sobre a possibilidade de haver investimentos na dívida pública portuguesa", afirmou Teixeira dos Santos, na ocasião.
Primeiro dia
A presidente Dilma Rousseff dedicou o seu primeiro dia de trabalho a reuniões com autoridades estrangeiras. O primeiro compromisso dela foi uma reunião com o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon. Ele representou a Espanha durante a cerimônia de posse de Dilma. Depois de se encontrar com o príncipe, a presidente se reuniu com José Mujica, o presidente do Uruguai, e com o primeiro-ministro da Coréia do Sul, Kim Hwang-Sik.
A presidente Dilma Rousseff dedicou o seu primeiro dia de trabalho a reuniões com autoridades estrangeiras. O primeiro compromisso dela foi uma reunião com o príncipe das Astúrias, Felipe de Bourbon. Ele representou a Espanha durante a cerimônia de posse de Dilma. Depois de se encontrar com o príncipe, a presidente se reuniu com José Mujica, o presidente do Uruguai, e com o primeiro-ministro da Coréia do Sul, Kim Hwang-Sik.
O premiê de Portugal foi a quarta autoridade estrangeira a se encontrar com Dilma neste domingo. Na agenda da presidente também constam reuniões com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, o vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado, e com o ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso.
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