sábado, 1 de janeiro de 2011

A Mulher Brasileira Construindo a História Com Dilma Presidente da República.


As mulheres foram as donas da festa da posse de Dilma Rousseff, na tarde deste sábado, em Brasília. Elas eram boa parte do público que acompanhou o momento em que, pela primeira vez na História do Brasil, a faixa presidencial foi colocada sobre os ombros de uma mulher. E foi para elas, as "queridas brasileiras", que a agora presidente da República se dirigiu ao iniciar o seu discurso no Parlatório do Planalto.
Na Praça dos Três Poderes - o principal local escolhido pelos eleitores para acompanhar a cerimônia -, elas aplaudiram quando Dilma tomou o microfone. Nesse momento, a advogada mineira Neusa Vieira Barbosa Nunes, 59 anos, conterrânea da presidente, vibrou como nunca. Usando um vestido vermelho, a sósia de Dilma Rousseff acredita que o País ficará melhor com uma "companheira" no poder.
"É muito importante para o País que uma mulher assuma a Presidência. Com Dilma no Planalto, o machismo vai ficar 'devagarinho'. Hoje é um dia para fazer muita festa", afirmou a mineira.
A bordo da sua miniatura de Kombi chamada 'Pétala', Maria Clara, 7 anos, era só alegria na tarde deste sábado. Ao lado do marido, Miguel Mariano, 37 anos, a atriz e professora Marília Abreu, 42 anos, mãe de Maria Clara, também estava confiante. A eleição de Dilma, segundo Maríia, pode representar avanços no desenvolvimento da cultura do Brasil. Por causa disso, ela e sua filha apoiaram Dilma desde o início da campanha.
"A gente tem uma Kombi chamada 'Margarida'. Por isso é que a Kombi em miniatura se chama 'Pétala'. Uma mulher no poder tem tudo para fazer o País melhorar", disse Marília.
Além de aplausos, alguns latidos foram ouvidos na plateia quando Dilma subiu a rampa do Planalto para receber a faixa presidencial. Eles eram da vira-lata Suzy, que estava vestida de vermelho e rosa. Sua dona, a professora brasiliense Kátia Garcia, 45 anos, estava confiante. Ela garante que, durante a eleição, conseguiu alguns votos para Dilma só por estar acompanhada de Suzy. "Ela ajudou a Dilma a vencer e está hoje aqui para comemorar. Esperamos que Dilma, agora, possa trabalhar pela educação do Brasil", disse.
Conversa com Lula
A carioca Malvina de Lima, 60 anos, acabou como uma das estrelas da festa. Depois de sofrer espremida no meio da multidão que ocupava a praça, ela conseguiu conversar por alguns segundos com o ex-presidente Lula, quando ele desceu a rampa do Planalto e, quebrando o protocolo da cerimônia, foi cumprimentar o público. A Lula, ela fez um pedido:
"Falei com ele para que não nos abandonasse agora que saiu da Presidência e que continue a trabalhar pelo povo brasileiro. Ele respondeu que 'claro que sim'", disse a auxiliar de gabinete, que na sua bagagem carregava uma máscara de Dilma Rousseff.
A professora brasiliense Maristela Leal, 29 anos, estava com os olhos cheios de lágrimas ao fim da cerimônia de posse. Ela chegou por volta das 8h30 deste sábado na Praça dos Três Poderes com apenas um objetivo: agradecer ao presidente Lula.
"Sou a única de oito irmãos que conseguiu entrar na faculdade. E só consegui por causa do ProUni (Programa Universidade para Todos), por isso eu tinha que agradecer o Lula. Quando tive a oportunidade falei 'muito obrigado presidente'. Ele ouviu e falou que era ele quem deveria agradecer", afirmou.
Outro que conseguiu a atenção de Lula foi o motoqueiro cearense Bernadino Alves, 47 anos, que saiu da cidade de Guaraciaba, a 320 km de Fortaleza, com o objetivo de entregar um pequeno troféu ao presidente Lula, para agradecer o carinho dele pelo povo nordestino. Junto com o colega de viagem Genivaldo Bezerra, 37 anos, ele ficou bastante satisfeito ao fim da cerimônia de posse.
"Agora que consegui presenteá-lo, posso dizer que a minha missão está cumprida. Agora voltamos para o Ceará satisfeitos", disse.
Dilma, porém, não foi a única mulher a ganhar a atenção do público que veio a Brasília. Depois da posse, por volta das 18h, a plateia acompanhou, sob uma chuva fina, shows de artistas como Fernanda Takai, Zélia Duncan e Martinália.
O Dia

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