Após o SINTE/RN divulgar detalhadamente os motivos da greve, a situação ficou complicada para aqueles que tentavam ludibriar a população. A própria secretária Betânia Ramalho dizia desconhecer os pretextos da paralisação. O secretário adjunto Joaquim de Oliveira taxou o movimento como criminoso. Mas a categoria reagiu e tem mostrado à comunidade escolar o descaso do governo com a educação e com os profissionais.
Depois da tentativa frustrada, a secretária resolveu convocar a imprensa para lançar mais uma estratégia para jogar o povo contra o Sindicato. Disse que os reais motivos da greve eram políticos, entre outros absurdos. Aliás, a secretária tem perdido a compostura e se utilizado de todas as táticas para atacar o SINTE/RN, sua direção e até mesmo a categoria.
A coordenadora geral Fátima Cardoso criticou a postura. “A professora doutora Betânia Ramalho, uma renomada acadêmica, vem usando uma linguagem que desqualifica a sua origem. Isso mostrar que ela não está sabendo lidar com as contradições, mesmo ocupando um cargo que exige muito disso. O uso de expressões como ‘eles são insaciáveis’, ‘a pauta tem um lado oculto’, ‘a greve tem motivação política’ comprovam seu despreparo”, criticou.
Em entrevista a uma rádio, a secretária soltou outra das suas. Disse que a greve irá à inanição. Para Fátima Cardoso, as multidões que foram às ruas em 2013 deram à sociedade um novo relacionamento com os poderes constituídos. Um ensinamento para quem não tem condições de lidar com os conflitos e contradições, que expurga as forças antagônicas e que não sabe lidar com a sociedade democrática. “Dizer que a greve irá à inanição é uma expressão forte demais para o cargo que ela ocupa. Essa afirmação retrata o descaso no trato com os profissionais que fazem a educação, com os estudantes e com a população”, ressaltou Fátima.
A direção do Sindicato lamenta que os representantes do governo não tenham o que dizer à população e convida a equipe da SEEC a reconhecer e a cumprir os acordos que assinou com a categoria.
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