Edição 51 - Libras na Escola
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Língua de sinais ajuda escola a melhorar rendimento de estudantes
Mesmo sem ter alunos surdos matriculados, uma escola de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital de Goiás, desenvolveu um projeto para o ensino da língua brasileira de sinais (libras) que trouxe mais rendimento ao processo de ensino-aprendizagem. Língua em Libras: um novo jeito de aprender a ler e escrever foi realizado na Escola Estadual Itagiba Laureano Dornelles, em 2008, com alunos do ensino fundamental, médio e da educação de jovens e adultos (EJA).
A responsável pelo projeto foi a professora Sandra de Miranda Nunes, pedagoga e licenciada em filosofia, que na época lecionava no quarto ano do ensino fundamental. Como ela estava terminando um curso de libras, aproveitava os intervalos das aulas na escola para treinar a língua de sinais. Isso acabou despertando a curiosidade de alguns alunos, que pediram que ela ensinasse essa forma de comunicação.
“Os resultados foram os melhores possíveis”, diz a atual diretora da escola, Suely Gonçalves Santos, que ajudou Sandra a estender as aulas de libras a todas as turmas e turnos da instituição. “Vimos que alguns estudantes com outras deficiências tiveram mais facilidade de aprendizagem através da libras”, relembra. Como exemplo, cita alunos com alguma deficiência mental, que obtiveram melhorias na sala de aula depois que aprenderam a língua de sinais. “Com isso, resolvemos ampliar o projeto para toda a escola”, explica Suely, que é formada em história, com especialização em educação especial.
De acordo com Sandra, os resultados obtidos foram excelentes, tanto com as turmas em geral quanto especificamente com alunos que apresentavam déficit de atenção ou eram portadores de síndrome de Down e que, anteriormente, não haviam apresentado resultados satisfatórios na aprendizagem. A professora destaca, ainda, a repercussão do projeto junto às famílias, lembrando que alguns pais relatavam as mudanças de comportamentos de seus filhos com relação à motivação e avanços na aprendizagem.
Sandra trabalha, atualmente, no Centro Municipal de Educação Infantil Colemar Natal e Silva, como professora regente de berçário. Também dá aula de artes na Escola Interação: “no planejamento anual está incluída a libras”, salienta. Todo o projeto está no blog Arte que Ensina, de autoria da professora.
(Fátima Schenini)
Fonte: Portal do MEC.
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