Os estudantes querem garantir o repasse dos royalties do petróleo e do pré-sal , em um momento decisivo para destinação e função de uma das principais riquezas nacionais para ampliar o acesso à Educação. Hoje, está prevista a votação do projeto de lei que trata da redistribuição dos royalties do petróleo, na Câmara.
Reafirmando sua defesa pela garantia de
investimento direto de 100% dos royalties do petróleo e metade do fundo
social do pré-sal destinado à educação, este é o Brasil que a juventude
relembra ao levantar o manifesto no ato desta quarta-feira:
- os 13 milhões de analfabetos de nossa nação;
- os 3,7 milhões de crianças e adolescentes que estão fora da escola;
- os mais de 5 milhões de estudantes com idade superior à recomendada nos anos finais do Ensino Fundamental;
- os 25,5 milhões matriculados no Ensino
Fundamental nas redes estaduais e municipais de educação em escolas que
precisam de novas estruturas, mais professores, melhor organização,
material didático com educação direcionada;
- o alto índice de evasão escolar no Ensino Médio que chega a 10,3%, estudantes que dificilmente terão outra oportunidade;
- os quase 7,5 milhões de estudantes do Ensino Médio matriculados nas redes urbanas e rurais que pedem uma nova escola;
- professores insatisfeitos, mal remunerados e sem incentivo nas salas de aula.
De acordo com texto divulgado pelas
entidades estudantis, a destinação dessa riqueza deverá reparar “um erro
histórico que o pais cometeu em determinados ciclos de riqueza.”
Votação
Na tarde desta terça-feira (30), o
presidente da Câmara, Marco Maia, se disse confiante na votação do
projeto que trata da distribuição dos royalties do petróleo, embora o
governo defenda mais discussão. “São 25 estados brasileiros, cerca de
450 deputados que querem a votação o mais rapidamente possível, isso nos
dá garantia de que o projeto será votado”, sustentou.
Pouco antes, o líder do governo,
deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), havia defendido que a destinação dos
recursos do petróleo seja mais bem discutida, para prever, por exemplo,
uma parte das verbas para o financiamento da educação e do
desenvolvimento tecnológico.
Marco Maia também considera essa medida
importante e considera possível a negociação para chegar a um consenso.
“Todos têm interesse em que a educação seja instrumento de
desenvolvimento do Brasil, então podemos ter acordo”, afirmou.
10% do PIB para a Educação
Todos os anos com Jornadas de Lutas, a
juventude vai às ruas em defesa de uma educação com mais qualidade. A
aplicação dos 10% do PIB para área com meta a ser atingida no Plano
Nacional de Educação já foi declara pela própria presidenta Dilma
Rousseff, utilizando como alternativa de captação a riqueza extraída do
petróleo.
para a Ubes e a UNE, somente com
investimentos maciços em educação é que o desenvolvimento do país, que
vem erradicando a pobreza, se consolidará de maneira estrutural. “O
desenvolvimento tecnológico, a construção da nova escola e o
protagonismo dos estudantes,a UBES, ao lado dos secundaristas de cada
estado do país – rumo à uma conquista sem precedentes, reafirma sua
defesa pela aplicação direta na educação por meio dos royalties do
petróleo”, diz um trecho do texto divulgado.
Autor: Portal Vermelho
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