quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estudantes ocupam Congresso por 100% dos royalties do petróleo




Os estudantes querem garantir o repasse dos royalties do petróleo e do pré-sal , em um momento decisivo para destinação e função de uma das principais riquezas nacionais para ampliar o acesso à Educação. Hoje, está prevista a votação do projeto de lei que trata da redistribuição dos royalties do petróleo, na Câmara.
Reafirmando sua defesa pela garantia de investimento direto de 100% dos royalties do petróleo e metade do fundo social do pré-sal destinado à educação, este é o Brasil que a juventude relembra ao levantar o manifesto no ato desta quarta-feira:
- os 13 milhões de analfabetos de nossa nação;
- os 3,7 milhões de crianças e adolescentes que estão fora da escola;
- os mais de 5 milhões de estudantes com idade superior à recomendada nos anos finais do Ensino Fundamental;
- os 25,5 milhões matriculados no Ensino Fundamental nas redes estaduais e municipais de educação em escolas que precisam de novas estruturas, mais professores, melhor organização, material didático com educação direcionada;
- o alto índice de evasão escolar no Ensino Médio que chega a 10,3%, estudantes que dificilmente terão outra oportunidade;
- os quase 7,5 milhões de estudantes do Ensino Médio matriculados nas redes urbanas e rurais que pedem uma nova escola;
- professores insatisfeitos, mal remunerados e sem incentivo nas salas de aula.
De acordo com texto divulgado pelas entidades estudantis, a destinação dessa riqueza deverá reparar “um erro histórico que o pais cometeu em determinados ciclos de riqueza.”
Votação
Na tarde desta terça-feira (30), o presidente da Câmara, Marco Maia, se disse confiante na votação do projeto que trata da distribuição dos royalties do petróleo, embora o governo defenda mais discussão. “São 25 estados brasileiros, cerca de 450 deputados que querem a votação o mais rapidamente possível, isso nos dá garantia de que o projeto será votado”, sustentou.
Pouco antes, o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), havia defendido que a destinação dos recursos do petróleo seja mais bem discutida, para prever, por exemplo, uma parte das verbas para o financiamento da educação e do desenvolvimento tecnológico.
Marco Maia também considera essa medida importante e considera possível a negociação para chegar a um consenso. “Todos têm interesse em que a educação seja instrumento de desenvolvimento do Brasil, então podemos ter acordo”, afirmou.
10% do PIB para a Educação
Todos os anos com Jornadas de Lutas, a juventude vai às ruas em defesa de uma educação com mais qualidade. A aplicação dos 10% do PIB para área com meta a ser atingida no Plano Nacional de Educação já foi declara pela própria presidenta Dilma Rousseff, utilizando como alternativa de captação a riqueza extraída do petróleo.
para a Ubes e a UNE, somente com investimentos maciços em educação é que o desenvolvimento do país, que vem erradicando a pobreza, se consolidará de maneira estrutural. “O desenvolvimento tecnológico, a construção da nova escola e o protagonismo dos estudantes,a UBES, ao lado dos secundaristas de cada estado do país – rumo à uma conquista sem precedentes, reafirma sua defesa pela aplicação direta na educação por meio dos royalties do petróleo”, diz um trecho do texto divulgado.
Autor: Portal Vermelho

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