Aluna do segundo semestre de pedagogia da Universidade Federal do Piauí
(UFPI), Elizabeth Maria Marques Carvalho integra o grupo de professores
da educação básica que fazem aperfeiçoamento em cursos de formação
inicial e continuada oferecidos pelo Plano Nacional de Formação dos
Professores da Educação Básica (Parfor). Elizabeth pretende ingressar
logo no curso de especialização em multimídia, ao fim dos quatro anos de
universidade. “A gente precisa se aperfeiçoar, principalmente porque
trabalha com crianças”, salienta Elizabeth. “O educador tem que melhorar
sempre.”
Sua colega Dulcinete de Sousa Passos Silva faz o mesmo
curso. A professora já era formada em filosofia, mas sentiu a
necessidade de se graduar também em pedagogia. “Ajuda a entender e a
lidar melhor com o aluno”, afirma. “Por exemplo, fica mais fácil
entender quando um aluno não está aprendendo.” Dulcinete pretende se
aprofundar nesse campo e fazer especialização em psicopedagogia.
As
duas lecionam na escola pública Professor Raldir Cavalcante Bastos, que
está entre as melhores notas do estado do Piauí no índice de
desenvolvimento da educação básica (Ideb). Com média 6,9, a instituição
apresentou evolução de 0,7 ponto entre 2009 e 2011. Atualmente, a
escola, que atende em tempo integral, tem dez professores matriculados
em cursos do Parfor — três em pedagogia, dois em matemática, três em
português, um em história e um em artes visuais.
O Parfor é
desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes) do Ministério da Educação. Investir na formação inicial
e continuada dos dois milhões de professores da educação básica
brasileira é uma das prioridades. Por isso, o secretário de educação
básica, César Callegari, afirma que o MEC mantém vários programas de
aperfeiçoamento para professores em exercício. “Para garantir qualidade
na educação, temos, antes de mais nada, de garantir qualidade no
trabalho do professor”, afirma. “Ele tem que ser apoiado em sua formação
inicial e na continuada. Só será um bom professor se tiver base,
conhecimento, experiência e muito estímulo para exercer bem o
magistério.”
Desempenho — Professora de escola
pública em Graça, Ceará, Renata Alves Lima já contabiliza no currículo
duas licenciaturas e três especializações. Formada em pedagogia e,
posteriormente, em história pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú
(Uva), ela também fez a segunda graduação por meio do Parfor. Para a
professora, investir em capacitação influencia diretamente o resultado
do Ideb nas escolas. Na instituição em que Renata trabalha, o índice
saltou de 4,7 em 2009 para 6,1 em 2011. “Professores mais qualificados
dão aulas mais dinâmicas e incentivam de forma mais efetiva o
aprendizado de seus alunos”, garante. “Meu desempenho melhorou
consideravelmente, uma vez que tive contato com novos conhecimentos,
autores, textos e discussões que despertaram em mim um lado crítico.”
Os professores interessados podem fazer a pré-inscrição nos cursos do Parfor a partir de fevereiro de 2013.
FONTE: PORTAL DO MEC.
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