quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Educação: avaliações avançam e escolas buscam melhorar a qualidade do ensino

Estudantes da UFRN nos EUA: ingresso nas melhores universidades do mundo
Matéria publicada na edição de janeiro da Revista Foco

A Educação brasileira passa por significativa mudança que aponta para um ensino voltado para o contexto social, norteado por avaliações que medem a qualidade do que chega ao aluno, sintonizado com as perspectivas reais de desenvolvimento e interessado em ser parte integrante do mapa da alta tecnologia internacional.

Essa trajetória rompe paradigmas ingênuos e desnecessários e derruba o nefasto princípio da “decoreba” – que impôs a inconsequente cultura da cópia do que já está escrito. Dessa maneira, desde os primeiros anos de ensino, a criança se deparava com a imperiosa necessidade de decorar textos já escritos. Na adolescência, o ritmo da “decoreba” do que já tinha sido escrito, além de permanecer, era ampliado. Chegando a plenitude da juventude e com ela o Ensino Médio e o consequente vestibular, a “decoreba” chegava ao seu auge. A universidade pública estava a um passo, mas para chegar lá precisava decorar mais e melhor do que os outros. Ganhava o prêmio de ingresso no ensino superior o aluno que decorasse com mais categoria, eficiência e entusiasmo.

Resultado: outros países, em condições até inferiores, avançando com o desenvolvimento pautado na ciência e na tecnologia, e o Brasil ficando para trás.

A busca pela retomada do desenvolvimento a partir do ingresso, de verdade, no mapa da ciência e da tecnologia, tem levado o país a estabelecer programas ambiciosos como o “Ciência sem fronteiras” que está levando estudantes brasileiros para as principais universidades do planeta.

A era da avaliação do ensino

A Educação não se muda da noite para o dia. Mas, para mudá-la, é preciso se dar os primeiros passos. O estabelecimento de avaliações que meçam a qualidade do ensino que está chegando ao aluno – em toda sua trajetória na Educação Básica, é um importante passo.

Alda Castro: "problemas complexos e multifacetados"
Sabendo-se como vai o nível de conhecimento do aluno e o que ele está recebendo de conteúdo e formação pode-se estabelecer planejamento para o desenvolvimento educacional do cidadão e da própria sociedade.
O Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) representam avanços e colocam em relevo o trabalho da Escola.

Segundo a professora Alda Castro, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), embora os sistemas de avaliação possam contribuir para a melhoria dos resultados da educação brasileira, eles não são fatores determinantes e nem os únicos responsáveis por índices educacionais mais significativos.


“Os problemas da educação brasileira são complexos e multifacetados, a avaliação deve ser utilizada como um instrumento de diagnóstico para se detectar as causas dos baixos índices educacionais e instituir políticas públicas articuladas para melhorá-los”.

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