Rio de Janeiro – A produção de 41 longas-metragens – 35 de ficção,
três documentários e três animações – terá R$ 50 milhões em recursos do
Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O anúncio foi feito hoje (5) no Rio
pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Manoel
Rangel, e pelo diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul (BRDE), Renato Vianna.
O BRDE é o agente financeiro e parceiro da Ancine na gestão do FSA,
hoje um dos principais mecanismos de fomento ao cinema e ao audiovisual
no Brasil. Os 41 projetos contemplados na chamada pública Prodecine
01/2012 do FSA são resultado de um processo seletivo feito em duas
etapas. Na primeira, de um total de 139 projetos, 51 foram
pré-selecionados para a segunda - uma defesa oral ocorrida no final de
janeiro na sede da Ancine, no Rio.
Na atual convocatória, os projetos aprovados foram apresentados por
35 diferentes empresas produtoras de várias regiões do país. De acordo
com Rangel, isso reflete a preocupação do FSA com a diversificação da
produção cinematográfica brasileira. “A abrangência do fundo pode ser
verificada pela cartela de projetos selecionados. Na chamada pública, o
comitê de investimentos decidiu aportar recursos em 26 filmes de
diretores estreantes ou com apenas um longa no currículo, ao mesmo tempo
em que contemplou diretores renomados”, disse o presidente da Ancine.
Nelson Pereira dos Santos, Domingos Oliveira, Bruno Barreto,Carlos
Alberto Prates Corrêa, Hector Babenco, Andrucha Waddington e Lucia Murat
são alguns dos cineastas consagrados que receberão recursos do fundo
para seus novos projetos. Fora do eixo Rio-São Paulo, que concentra a
maior parte da indústria cinematográfica brasileira, foram contemplados
projetos de Pernambuco (Brega Naite, de Renata Pinheiro), da Bahia (O Fantasista, de Roberto Studart), do Paraná (O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, de Aly Muritiba), do Rio Grande do Sul (Ponto Zero, de José Pedro Goulart) e do Distrito Federal (Pureza, de Renato Barbieri).
De acordo com Rangel, nas três chamadas anteriores o FSA, criado em
2008, investiu R$ 191,5 milhões em projetos de pequenas, médias e
grandes produtoras do setor audiovisual. “Entre os filmes lançados
comercialmente, estão êxitos de bilheteria como Chico Xavier, 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos, De Pernas pro Ar, Até que a Sorte nos Separe, Xingu e O Palhaço”, disse.
Presente à cerimônia, Nelson Pereira dos Santos ressaltou a
importância do FSA para o cinema brasileiro. “Para os cineastas, o Fundo
Setorial representa uma garantia de que seus projetos podem ser mais
bem estruturados economicamente”, disse Nelson, um dos mais importantes
diretores da história do cinema brasileiro e que foi contemplado nesta
chamada com R$ 2 milhões para a produção de seu novo filme, Dom Pedro II, sobre os últimos momentos de reinado do monarca.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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