O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou nesta
segunda-feira uma campanha de combate a obesidade infantil dentro das
escolas. Segundo Padilha, o quadro brasileiro começa a ficar
preocupante, já que uma em cada três crianças e dois em cada dez
adolescentes estão acima do peso.
“Se a gente construir uma geração de crianças e
adolescentes que gostam de fazer atividade física, se alimentar direito,
aprendem o que é alimentação, vamos ter uma geração de adultos mais
saudáveis com menor risco de chegar a geração de obesos”, disse Padilha
durante o lançamento do programa, em uma escola na Vila Planalto, no
Distrito Federal.
Vamos ter uma geração de adultos mais saudáveis com menor risco de chegar a geração de obesos
Alexandre Padilha
ministro da Saúde
A campanha, que faz parte da Semana de Mobilização Saúde
na Escola 2013, vai levar 13 mil equipes do Saúde da Família a mais de
30 mil escolas públicas em 2.300 municípios. A previsão do ministério é
que R$ 10 milhões sejam investidos no projeto. Para estimular os
municípios a chamar as equipes de saúde para dentro das escolas, o
governo vai repassar para as prefeituras R$ 594,15 por cada equipe
mobilizada.
“Saímos de 16 mil escolas em 2012 para 30 mil escolas
neste ano. De 7 milhões de alunos, devemos pular para 14 milhões de
alunos atendidos em todo o Brasil. Queremos ampliar ainda mais”,
completou o ministro.
A preocupação do governo também é com o reflexo de
hábitos alimentares na saúde das crianças dentro de casa. Segundo
Padilha, conscientizar os alunos para mudar os hábitos também fora da
escola diminui o risco de desenvolvimento de problemas de saúde que
atrapalham o desenvolvimento educacional, como dificuldade de dormir,
dor na coluna, maior risco de cair, problemas nas articulações, além de
diabetes e pressão alta.
Merenda
Nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.
Nas duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de 5 a 9 anos saltou de 4,1% para 16,6% entre os meninos e de 2,4% para 11,8% entre as meninas. Entre os adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas quatro décadas.
Questionado se o programa prevê alguma alteração na
merenda escolar, Padilha afirmou que são os municípios os responsáveis
por comprar os alimentos oferecidos às crianças nas escolas. No entanto,
continuou, há um diálogo constante entre os ministérios da Saúde e da
Educação para atualizar a lista de recomendações que consta no portal do
MEC e no do professor.
“O MEC faz uma recomendação, mas quem compra é o
município. O governo recomenda que seja de qualidade. Para isso, a lista
tem uma atualização permanente do perfil dos produtos que têm de ser
comprados. Além disso, há programas específicos para dar aos professores
orientações para a qualidade da merenda e também para fazer aulas de
educação alimentar dentro de sala de aula”, explicou o ministro.
FONTE: http://noticias.terra.com.br/
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