Mudança no reajuste do piso preocupa a CNTE
A CNTE se mantém na luta junto aos
parlamentares da Câmara dos Deputados para reverter a decisão tomada
pela Comissão de Finanças e Tributação da Casa, que fixou o INPC/IBGE
como único fator de atualização do piso nacional do magistério.
As informações que chegam dão conta de
que governadores e prefeitos estão unidos contra o substitutivo do
Senado, que previa aumento real do piso para 2012 na ordem de 22,23%. O
referido substitutivo mantinha o cálculo de reajuste vinculado ao valor
mínimo do Fundeb, porém incidiria sobre a diferença entre os dois
últimos anos de vigência do Fundo da Educação Básica.
Caso prevaleça apenas a correção da
inflação pelo INPC, os prejuízos para o piso e, consequentemente, para a
educação brasileira serão incalculáveis. A medida constituirá um duro
ataque ao magistério, por parte dos governos federal, estaduais e
municipais, e significará um contrasenso dos/as deputados/as ante a
atual discussão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que aponta
metas específicas para a valorização do magistério e dos demais
profissionais da educação. Significará, também, a negação dos desígnios
da Lei 11.738 e a transformação dos esforços pela valorização de nossa
categoria, depreendidos nos últimos anos, em pura retórica.
Alertamos a sociedade, os congressistas
e os gestores das três esferas de governo para a gravidade do assunto,
que poderá impor mais sacrifícios, perdas e decepções a uma categoria
que, historicamente, sofre com os baixos salários, com a dupla e tripla
jornadas de trabalho e com toda sorte de enfermidades decorrentes da
exaustão provocada pelo desempenho da profissão.
A CNTE, portanto, reitera a necessidade
de se garantir o mecanismo já aprovado no Senado para o reajuste do
PSPN, por tratar-se de condição indispensável para a valorização do
magistério e para a garantia do aprendizado com qualidade em nossas
escolas publicas, onde estudam os filhos e filhas da maioria da
população brasileira. Ademais, a fórmula é fruto de acordo que resultou
na aprovação em uma das Casas do Congresso, e que agora tenta-se romper
casuisticamente.
FONTE: SINTE RN.
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