“Precisamos ampliar e qualificar os espaços de participação e de ouvir a opinião da juventude, e para isso estamos propondo a criação do observatório participativo, que será lançado sem ser na próxima semana, na outra, para que a gente possa ter um canal de diálogo permanente com os jovens, através das redes sociais para consultas públicas e aprofundar o conteúdo a cerca dos temas de juventude”, disse Severine.
Edu BarbozaGoverno Federal abre canal na internet em busca de aproximação com a juventude que participa dos movimentos sociais
A presidente Dilma Rousseff e os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, receberam na sexta-feira no Palácio do Planalto movimentos ligados à juventude, como União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pastoral da Juventude, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Marcha das Vadias, Marcha Mundial das Mulheres e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)
As redes sociais têm sido usadas para a mobilização e convocação de protestos. Conforme informou o Estado, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) montou às pressas uma operação para monitorar a internet, após a dimensão cada vez mais crescente dos protestos. O governo destacou oficiais de inteligência para acompanhar, por meio do Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp, a movimentação dos manifestantes
De acordo com Severine, poderão ser discutidas no “observatório participativo” questões como o enfrentamento da violência nas periferias, educação e saúde. “A nossa avaliação é fortalecer cada vez mais esse diálogo da Presidência (da República), da Secretaria-geral (da Presidência) e de todos os ministérios que têm pauta de juventude. Nosso entendimento é que as políticas sociais e universais são as que mais têm feito que a juventude hoje avance, mas suas especificidades precisam ser mais asseguradas. Daremos sequência a esse diálogo pelas redes sociais, mas também com momentos presenciais de elaboração, de acompanhamento e participação”, detalhou Severine.
O observatório servirá para abrir um canal de comunicação com jovens que não necessariamente pertençam a alguma organização social, segundo Severine. “O observatório está aberto pro diálogo parra o jovem que quer opinar, ser consultado, discutir um tema da sua vida, sem necessariamente ter de ser eleito para um espaço de participação. Essa voz dele também será ouvida e sistematizada”, afirmou.
Violência
O presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Alessandro Melchior, informou que as lideranças juvenis vão elaborar um relatório a ser entregue a Dilma sobre as violações e repressões ocorridas contra a juventude em todos os Estados, responsabilizando as polícias militares e os governos estaduais.
Fonte: Tribuna do Norte.
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