Alex Régis
Professores ensaiam protesto durante palestra da secretária
Professores ensaiam protesto durante palestra da secretáriaA informação foi repassada pela secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, que não fixou uma data para os dados serem disponibilizados no sistema – durante a 17ª edição do Seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O objetivo, segundo ela, é tornar o processo mais transparente no momento em que o governo torna as escolas mais autônomas.
Betânia Ramalho abriu o segundo bloco de palestras e teve que enfrentar um protesto silencioso dos educadores, que, com cartazes, mostraram seu desagrado com a política educacional no estado. Enquanto ela apresentava um perfil da educação do RN, focando a elaboração de uma política voltada à reestruturação do setor, professores exigiam o cumprimento de uma série de acordos, entre eles, do plano de Cargos, Carreiras e Salários.
A secretária reconheceu que para a educação avançar é necessário investir em qualidade pedagógica e valorizar os professores e admitiu que aprimorar a educação seja ela básica ou profissional não é tarefa das mais fáceis. “Tratar a educação é extremamente complexo, contraditório”.
Durante a palestra, que trouxe um desenho da política educacional do estado, Betânia disse que ainda há muitos passos a serem dados e aproveitou a ocasião para apresentar algumas ações realizadas pela secretaria em 30 meses de gestão, como a implantação do ‘Sigeduc’ implantado em todas as escolas do estado.
Betânia reconheceu os pleitos dos professores e disse que é preciso que a categoria aproveite o momento histórico vivido pelo Brasil – de mudanças e manifestações - para reivindicar melhores condições de trabalho.
Ela comentou as dificuldades vivenciadas pela secretaria e disse que a mudança começou quando a secretaria traçou um plano de ação para identificar e corrigir as falhas. “Fala-se muito em promover uma educação de qualidade. Mas o que é qualidade em educação? Há muita retórica. É por isso que tivemos que estabelecer metas, fazer auditoria na folha de pagamento, um censo dos professores, criar um sistema de gestão, e mensurar resultados para chegar a essa resposta. A Secretaria não tinha nenhum sistema. Era tudo manual. Hoje tem”.
Para Betânia, apenas valorizar os professores não basta para dar um salto na educação do estado. Segundo ela, a melhoria dos indicadores – e a certeza de que o aluno, de fato, está aprendendo – passa por uma série de pontos, entre eles reorganização do ensino fundamental, investimento em formação continuada, e abertura de escolas em tempo integral. “Precisamos avançar. E não se avança da noite para o dia”.
Betânia encerrou sua fala e abriu o debate afirmando que é necessária uma mudança profunda na estrutura do ensino. Durante o debate, comentou a dificuldade em ampliar o número de bibliotecas nas escolas estaduais, a preocupação em remunerar os professores pelas horas que gastam para planejar as aulas e da necessidade de ‘federalizar’ a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).
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