quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sistema integrado de gestão na SEEC

O SIGEduc, Sistema Integrado de Gestão da Educação da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, que permite desde o registro de matrículas até a atualização do diário de classe por parte dos professores, vai mostrar como o dinheiro enviado para as escolas estaduais do Rio Grande do Norte é aplicado. 
Alex RégisProfessores ensaiam protesto durante palestra da secretáriaProfessores ensaiam protesto durante palestra da secretária

A informação foi repassada pela secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, que não fixou uma data para os dados serem disponibilizados no sistema – durante a 17ª edição do Seminário Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte. O objetivo, segundo ela, é tornar o processo mais transparente no momento em que o governo torna as escolas mais autônomas.

Betânia Ramalho abriu o segundo bloco de palestras e teve que enfrentar um protesto silencioso dos educadores, que, com cartazes, mostraram seu desagrado com a política educacional no estado. Enquanto ela apresentava um perfil da educação do RN, focando a elaboração de uma política voltada à reestruturação do setor, professores exigiam o cumprimento de uma série de acordos, entre eles, do plano de Cargos, Carreiras e Salários.

A secretária reconheceu que para a educação avançar é necessário investir em qualidade pedagógica e valorizar os professores e admitiu que aprimorar a educação seja ela básica ou profissional não é tarefa das mais fáceis. “Tratar a educação é extremamente complexo, contraditório”.

Durante a palestra, que trouxe um desenho da política educacional do estado, Betânia disse que ainda há muitos passos a serem dados e aproveitou a ocasião para apresentar algumas ações realizadas pela secretaria em 30 meses de gestão, como a implantação do ‘Sigeduc’ implantado em todas as escolas do estado.

Betânia reconheceu os pleitos dos professores e disse que é preciso que a categoria aproveite o momento histórico vivido pelo Brasil – de mudanças e manifestações - para reivindicar melhores condições de trabalho.

Ela comentou as dificuldades vivenciadas pela secretaria e disse que a mudança começou quando a secretaria traçou um plano de ação para identificar e corrigir as falhas. “Fala-se muito em promover uma educação de qualidade. Mas o que é qualidade em educação? Há muita retórica. É por isso que tivemos que estabelecer metas, fazer auditoria na folha de pagamento, um censo dos professores, criar um sistema de gestão, e mensurar resultados para chegar a essa resposta. A Secretaria não tinha nenhum sistema. Era tudo manual. Hoje tem”.

Para Betânia, apenas valorizar os professores não basta para dar um salto na educação do estado. Segundo ela, a melhoria dos indicadores – e a certeza de que o aluno, de fato, está aprendendo – passa por uma série de pontos, entre eles reorganização do ensino fundamental, investimento em formação continuada, e abertura de escolas em tempo integral. “Precisamos avançar. E não se avança da noite para o dia”.

 Betânia encerrou sua fala e abriu o debate afirmando que é necessária uma mudança profunda na estrutura do ensino. Durante o debate, comentou a dificuldade em ampliar o número de bibliotecas nas escolas estaduais, a preocupação em remunerar os professores pelas horas que gastam para planejar as aulas e da necessidade de ‘federalizar’ a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).
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