quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desafios da Educação no Brasil segundo UNICEF

Desafios da Educação no Brasil segundo UNICEF PDF Imprimir E-mail
Direitos das crianças
Escrito por Pablo Zevallos   
Brasil ainda tem 680 mil crianças fora da escola, segundo a UNICEF. No dia 09 de junho de 2009 em Brasília, relatório divulgado pelo Unicef - Fundo das Nações Unidas para a Infância, mostra que nos últimos 15 anos houve avanços na educação.
Cerca de 27 milhões de estudantes estão nas salas de aula, o que corresponde a 97,6% das crianças entre 7 e 14 anos. Mas o Unicef chama a atenção para o fato de que a parcela ainda fora da escola (2,4%) representa 680 mil brasileiros nessa faixa etária.
O relatório mostra que a desigualdade social reflete esses números. Como era de se esperar, crianças negras, indígenas, quilombas, pobres, sob risco de violência, exploração e com deficiência, são as mais vulneráveis, segundo estudo. Segundo o UNICEF, as regiões Norte e Nordeste são onde ocorrem o maior número de crianças que não frequentam escolas.
Enquanto em Santa Catarina 99% das crianças e adolescentes têm acesso à educação, no Acre esse percentual cai para 91,3%.
http://www.guiainfantil.com/images/blog/200/217/001_small.jpgO principal desafio é diminuir as desigualdades, e não apenas ter acesso à escola, mas a permanência, aprendizagem e a conclusão dos estudos na idade certa. Ainda existe um número alto de repetência e abandono escolar, causando forte impacto na adequação idade-série.
Segundo estudo, houve redução no analfabetismo em consequência do aumento da taxa de escolarização. A menor taxa de analfabetismo , segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2007, está entre jovens entre 15 e 17 anos – 1,7%.
O relatório mostra que apesar dos alunos passarem em média 10 anos na escola, eles completam com sucesso pouco mais de sete séries.
O Unicef destaca que a ampliação da obrigatoriedade do ensino é fundamental para garantir a todos o acesso à educação. Hoje apenas o ensino fundamental (dos 7 aos 14 anos) é obrigatório. O fundo recomenda que a educação infantil (para crianças de 4 e 5 anos) e o ensino médio (dos 15 aos 17 anos) também sejam incluídos. Proposta de emenda à Constituição que estende a obrigatoriedade a essas etapas de ensino tramita no Congresso Nacional.
Segundo o relatório, nas nações desenvolvidas a escolaridade obrigatória varia de dez a 12 anos e engloba o ensino médio. Em alguns países como a Alemanha, a Bélgica e a Holanda, a escolarização obrigatória chega a 13 anos.
A valorização do trabalho do professor, em conjunto com uma educação de qualidade, e estrutura para isso, coloca esses países nos mais altos rankings dos exames internacionais.

Fica difícil imaginar o Brasil com esse tipo de qualidade de ensino, pois vemos todos os dias absurdos dentro das escolas e salas de aula, com alunos ameaçando e até matando professores, a presença diária de drogas, brigas, violência e a depredação de escolas públicas, que só vem crescendo. Isso sem contar com a falta de preparo dos professores, assim como salários baixos, tendo como consequência um ensino deficiente. Mas mesmo com todos esses problemas, o Brasil já melhorou muito.
http://br.guiainfantil.com/direitos-das-criancas.

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