19/04/2011 16:05
Não há o que comemorar no Dia do Índio, dizem indígenas de Mato Grosso do Sul
Eliane Souza
Os índios acampados na Estância Amaral, no município de Miranda, desde o dia 4 de abril, fizeram apenas um momento de reflexão e uma oração, por volta das 11h desta terça-feira, para comemorar o Dia do Índio. Na verdade, eles dizem não ter o que festejar, pois o que mais queriam é que as demarcações de terras indígenas aconteçam logo. Élvis Terena, uma liderança acampada na Estância Amaral, de propriedade do fazendeiro José Amaral, denuncia que os seguranças da propriedade estão fazendo ameaças. Outra revelação é de que o dono também estaria com a mesma atitude. “Ele (Amaral) disse que já está contratando gente para tirar os índios daqui, mas estamos prontos para responder”, diz. Quando Elvis se refere a “estamos prontos para responder” quis dizer que se algo acontecer com os acampados as comunidades que compõe a Aldeia Cachoeirinha, num total de seis, que somam mais de sete mil índios, farão a mesma coisa, inclusive com a possibilidade de invasão do supermercado do pecuarista que fica na zona urbana de Miranda. “Não queremos violência, agressão física. Estamos num movimento pafífico e querendo que a Lei seja cumprida”, diz o Terena. Quanto as denúncias que os indígenas estariam recebendo, as lideranças do acampamento disseram que comunicaram o fato para o Ministério Público Federal e Polícia Federal. Eles estão pintados, o que significa prontos para luta e confronto, caso sintam necessidade. Plantio No dia 11 deste mês os indígenas começaram o preparo do solo e iniciaram o plantio de 15 hectare de feijão, que já germinou. A idéia é ampliar a área plantada com outras culturas. (Matéria editada as 18h10 para correção de informação).
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