Por essa o Governo do Rio Grande do Norte não esperava: uma greve que vai paralisar as escolas estaduais por falta de entendimento entre a Secretaria da Educação e o Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte/RN).
O diálogo, tão necessário na condução das coisas públicas, se tornou artigo de luxo entre o atual comando da Secretaria da Educação do RN e os representantes da categoria dos professores.
Betania Ramalho |
Diante de um radicalismo desnecessário e até infantil, os dois lados do Cabo de Guerra afiam suas armas e buscam uma melhor trincheira. Enquanto isso, o próprio comando do Governo observa surpreso os desdobramentos de algo que podia ter sido evitado.
Em sua coletiva de imprensa, marcada para a manhã desta segunda-feira (12), no mesmo momento em que se realizava a Assembleia dos Professores, a secretária de Educação do RN, Betania Ramalho, enalteceu seu próprio trabalho, ameaçou cortar ponto e criticou governos anteriores.
"A greve é política. Nós exigimos o retorno de 46 professores que estão cedidos ilegalmente, com anuência de secretários e governos anteriores, ao sindicato, e a professora aposentada Fátima Cardoso não gostou", afirmou Betania Ramalho.
Os governos anteriores incluem, no caso, o do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, e o da vice-prefeita Wilma de Faria. Os secretários anteriores incluem nomes ilustres como o do deputado federal Betinho Rosado, do atual titular da Sethas - Luiz Eduardo Carneiro Costa, do médico sanitarista Ruy Pereira, e do professor universitário Otávio Tavares.
Ao enaltecer seu trabalho, Betania Ramalho criticou mais uma vez o governo anterior de Wilma de Faria e Iberê Ferreira de Sousa. "No governo passado aqui (SEEC) estava morto. Estamos agindo para recuperar o prejuízo que herdamos", ressaltou.
O Governo do RN observa com lente de aumento os rumos da Educação. A greve dos professores é vista como um problema que poderia ter sido evitado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário