segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Conferência discute entrada da mulher no mercado como forma de combater violência doméstica

Conferência discute entrada da mulher no mercado como forma de combater violência doméstica


Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A inclusão da mulher no mercado de trabalho, como garantia de independência, é uma importante forma de combater a violência doméstica, na opinião da presidenta do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, Rosmary Correa. Segundo ela, a 3ª Conferência Estadual de Política para Mulheres reúne 1,5 mil participantes e tem por base esse tema. O encontro começou ontem (8) e termina amanhã (10).
“O foco do debate é o empoderamento da mulher. Para que ela possa sair para o mercado de trabalho e dessa forma conseguir sair de um problema muito sério que é a violência doméstica e familiar. Muitas aguentam as agressões porque não têm condições de se manter sozinhas, não encontram mercado de trabalho”, disse.
A agenda do fortalecimento da mulher no cenário nacional também inclui, de acordo com Rosmary, o aumento da quantidade de deputadas e senadoras. “Se queremos leis mais justas para a mulher ou que realmente atendam às necessidades da mulher, temos que ter parlamentares [mulheres]”. Por isso, ela defende, como parte desse processo de empoderamento, o incentivo para que haja um maior número de candidatas às eleições municipais do ano que vem.
Outro ponto de destaque nas discussões do encontro é a desigualdade entre os rendimentos de homens e mulheres que ocupam as mesmas funções. “É um problema cultural que a gente vem lutando para terminar”, ressalta Rosmary.
Além disso, há a preocupação sobre onde ficarão os filhos dessas mulheres enquanto elas estiverem no emprego. “Dentro da autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social, temos a questão das creches, tanto para setor público quanto privado”, destaca uma das delegadas da conferência, Fátima Palmieri.
Fátima lembra ainda que não basta construir escolas e creches, é preciso haver garantias da integridade das crianças também durante o percurso até os estabelecimentos de ensino. “Você tem que ter uma política que garanta segurança dessa criança dentro da escola e no caminho da escola, como é no trabalho”, defende.
Edição: Talita Cavalcante
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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