Editais para cinema têm de incluir verbas para divulgação e distribuição, defende professor
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O cinema de animação nacional vai bem, mas poderia ir melhor, disse à Agência Brasil o professor Antonio Moreno, do Departamento de Cinema e Video da Universidade Federal Fluminense (UFF). A direção de fotografia para animação é tema do curso que será ministrado na próxima segunda-feira (10), dentro do Festival de Cinema do Rio, pelo diretor de fotografia do longa-metragem Rio, Renato Falcão.
Antonio Moreno lembrou que os editais públicos lançados no país para longas-metragens de animação preveem apenas a produção dos filmes. Muitos estúdios de animação são montados depois que um edital é lançado e a seleção é feita. “Acabou aquela produção, o estúdio se desfaz. Não existe nesses editais a preocupação com uma coisa fundamental, que é dinheiro para divulgação e distribuição. O que ocorre é que muitos filmes acabam ficando na prateleira”.
Moreno defendeu que os editais passem a incluir essas duas etapas, principalmente a questão da divulgação, “que é caríssima. Só para você ter uma ideia, os editais de baixo orçamento são para fazer um filme de R$ 1 milhão. Trinta segundos ou um minuto (para veiculação de propaganda) na televisão custa isso. É um disparate. Você fica com os filmes na prateleira por falta de verba para divulgação”.
O professor da UFF informou que a partir da criação da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), o segmento conseguiu editais específicos, que incluem filmes de animação para cinema e séries de TV. O momento é bom, frisou, “porque existe essa perspectiva de produção de séries e há os editais específicos para animação”.
A carreira do brasileiro Carlos Saldanha, idealizador do longa metragem Rio, que foi sucesso internacional de público, serve, segundo Moreno, de incentivo para todos os animadores brasileiros. Ele destacou também o evento Anima Mundi, criado em 1993, que representa um dos principais incentivos para a animação brasileira. “Muita gente produz filmes para inscrever no Anima Mundi”.
Para Moreno, esse evento serve como uma janela para a produção mundial e alerta os produtores brasileiros para a necessidade de maior presença no cenário internacional. O Brasil é um celeiro de profissionais criativos e tem de aproveitar isso também no cinema de animação, acrescentou.
Edição: Graça Adjuto
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O cinema de animação nacional vai bem, mas poderia ir melhor, disse à Agência Brasil o professor Antonio Moreno, do Departamento de Cinema e Video da Universidade Federal Fluminense (UFF). A direção de fotografia para animação é tema do curso que será ministrado na próxima segunda-feira (10), dentro do Festival de Cinema do Rio, pelo diretor de fotografia do longa-metragem Rio, Renato Falcão.
Antonio Moreno lembrou que os editais públicos lançados no país para longas-metragens de animação preveem apenas a produção dos filmes. Muitos estúdios de animação são montados depois que um edital é lançado e a seleção é feita. “Acabou aquela produção, o estúdio se desfaz. Não existe nesses editais a preocupação com uma coisa fundamental, que é dinheiro para divulgação e distribuição. O que ocorre é que muitos filmes acabam ficando na prateleira”.
Moreno defendeu que os editais passem a incluir essas duas etapas, principalmente a questão da divulgação, “que é caríssima. Só para você ter uma ideia, os editais de baixo orçamento são para fazer um filme de R$ 1 milhão. Trinta segundos ou um minuto (para veiculação de propaganda) na televisão custa isso. É um disparate. Você fica com os filmes na prateleira por falta de verba para divulgação”.
O professor da UFF informou que a partir da criação da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), o segmento conseguiu editais específicos, que incluem filmes de animação para cinema e séries de TV. O momento é bom, frisou, “porque existe essa perspectiva de produção de séries e há os editais específicos para animação”.
A carreira do brasileiro Carlos Saldanha, idealizador do longa metragem Rio, que foi sucesso internacional de público, serve, segundo Moreno, de incentivo para todos os animadores brasileiros. Ele destacou também o evento Anima Mundi, criado em 1993, que representa um dos principais incentivos para a animação brasileira. “Muita gente produz filmes para inscrever no Anima Mundi”.
Para Moreno, esse evento serve como uma janela para a produção mundial e alerta os produtores brasileiros para a necessidade de maior presença no cenário internacional. O Brasil é um celeiro de profissionais criativos e tem de aproveitar isso também no cinema de animação, acrescentou.
Edição: Graça Adjuto
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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