Na íntegra, a crônica de Larissa Rebeca, que está na final nacional do concuroso de redação da Olimpíada de Língua Portuguesa:
O sábado na minha
cidade
São cinco horas da manhã de sábado. Brisa
suave, cheiro de natureza e dia de correria. Acordo mais cedo para acompanhar a
rotina da minha casa que é semelhante ao vaivém que se instala na minha cidade
nesse dia. As ruas principais estão movimentadas, carros lotados vindos dos
sítios vizinhos. As pessoas costumam acordar cedo para encontrarem frutas e
verduras ainda bem frescas na feira livre.
Sempre acompanho minha mãe nas compras da
semana. Passamos os olhos por quase todas as bancas enfeitadas com o colorido
das frutas e, após precioso tempo escolhendo o menor preço e a melhor
mercadoria, enchemos nossas sacolas e ficamos mais pesadas. Sentimos fome e não
resistimos a um delicioso copo de salada vendido ali mesmo para enganar o
estômago.
Com o vaivém entre as bancas, pessoas se
esbarram, se tocam involuntariamente. É possível sentir diferentes aromas que
se misturam com o passar das horas. Suor, perfume das frutas, fumaça de
cigarros se entrelaçam com os variados sons de gargalhadas, sussurros, gritos
dos feirantes, anúncios em sons improvisados que se propagam por todo o
ambiente.
Nesse dia as lojas fazem a festa, os
taxistas e motociclistas descansam menos, os bancos da praça principal são mais
visitados e a igreja matriz de São Sebastião, se alegra com a quantidade de
fiéis. Muitas vezes a feira livre de minha cidade também é palco para o reencontro
de amigos, familiares, compadres, pessoas que moram em sítios distantes, além
de ser um ótimo momento para se fazer novos amigos e conquistar novos amores.
Ao terminar a feira, as bancas desaparecem
levando toda essa agitação. Ficam as ruas cheias de lixo espalhado por todos os
lados. Entram em cena os garis que, em poucas horas, devolvem ao local o seu
aspecto natural.
Por ser uma cidade pequena, Florânia
torna-se invisível aos olhos de muitos. Porém tenho orgulho e sinto prazer em
ver minha cidade cultivar tradições como a feira livre, mostrando que ainda
preservamos nossa cultura.
Larissa Rebeca
1º Ano, Escola Teônia Amara
BLOG: DA ESCOLA TEÔNIA AMARAL.
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