Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu hoje
(5) o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicada
ontem (4), no segundo dia de prova, que provocou surpresa e também reclamação por parte de alguns estudantes. O tema proposto foi O Movimento Imigratório para o Brasil no Século 21.
“Temos uma comissão competente que considerou, entre tantas
sugestões de tema, este o mais adequado. Ele pressupõe a capacidade de
articular informações e refletir sobre o momento que o Brasil está
vivendo. O Brasil é um país que teve uma diáspora, mas com a
estabilidade, a democracia, hoje atrai povos. Acho que é um tema
bastante contemporâneo, desafiador e não previsto”, disse, após
participar de cerimônia no Palácio do Planalto. Mercadante acrescentou
que, ao longo das questões, a prova trazia exemplos que ajudavam na
reflexão sobre o tema da redação.
Mercadante disse que ainda não é hora de comemorar o sucesso do
Enem, já que o exame só pode ser considerado encerrado após o dia 28 de
dezembro, quando for divulgado o resultado. “Não tem nada para
comemorar. A equipe tem que continuar trabalhando com seriedade e pé no
chão."
Em relação à segurança das provas, o ministro avaliou que os
problemas ocorridos em edição anterior fizeram com que o planejamento
fosse reforçado, evitando novas ocorrências. “Todos aprendem com os
erros e os erros serviram para triplicarmos o nível de exigência no
planejamento. Ampliamos o esforço na área de segurança, de elaboração de
provas”, explicou.
Sobre a informação falsa divulgada, por duas vezes, na internet que a
prova do Enem teria sido cancelada, Mercadante reforçou que a Polícia
Federal investiga o caso. “Precisamos inclusive de ajustes na legislação
para que não tenha tentativa de desestabilizar o processo que para a
ampla maioria dos brasileiros é um momento decisivo”.
O Enem deste ano registrou abstenção de 27,9% dos participantes. Ao
todo, compareceram 4,1 milhões de alunos nos 15.076 locais de provas
localizados em 1.615 municípios.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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