Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Atualmente, quatro professores efetivos - lexicólogos e revisores- trabalham no serviço e respondem em média 14 mil consultas anuais. Criado em 2007, o "ABL responde" já atendeu a cerca de 86.500 consultas.
A informação é do acadêmico, filólogo e lexicólogo Evanildo Bechara,
responsável pelo setor. Bechara diz que as principais consultas, de um
modo geral, "são sobre ortografia, existência de certas palavras,
problemas de concordância gramatical, emprego de hífen".
O serviço da ABL não esclarece dúvidas de candidatos de concursos
sobre as respostas de algumas questões da prova que não coincidem com os
gabaritos. Segundo a ABL, essas questões devem ser respondidas pelos
institutos de Letras. “Nós não nos arvoramos em professores de língua
portuguesa. Nós não queremos substituir os professores", diz Bechara.O acadêmico Evanildo Bechara diz que o serviço não responde as dúvidas por telefone "porque seria um negócio de louco", já que os acadêmicos são responsáveis por múltiplas atribuições na ABL. Ele falou que a prefeitura de Fortaleza (CE), tem um serviço de atendimento telefônico de dúvidas ortográficas há 30 anos e que funciona muito bem.
Há alguns anos, a prefeitura do Rio de Janeiro informou que seria criado um serviço de consulta ortográfica por telefone, mas a ideia não foi adiante. "Se a prefeitura criasse, seria muito bom, porque nós teríamos mais um serviço para recorrer, mas isso não pegou", diz o lexicólogo.
Bechara informou que o setor de Lexicologia e Lexicografia da ABL desenvolveu também neste ano, a redação dos verbetes do Dicionário de Machado de Assis, que abrange todo o vocabulário usado pelo escritor em sua obra. A medida teve o objetivo de obedecer às normas do novo acordo.
Outra novidade foi o trabalho de compilação de trechos de obras literárias, que ficarão guardados no banco de palavras informatizado, para ilustrar verbetes de futuros dicionários. Os interessados em consultar o "ABL responde" podem acessar o site da ABL.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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