Que bom exemplo dá ao Rio Grande do
Norte a Escola Estadual Presidente Kennedy, que acaba de ser premiada
entre as seis melhores do país em gestão escolar, láurea oferecida pelo
Conselho Nacional de Secretários de Educação, uma entidade, segundo
consta, digna de respeito. O feito merece registro porque não é todo dia
que descobre-se uma ilha de excelência em meio ao combalido ensino
público.
Melhor,
porém, do que qualquer rapapé saudando a eficiência do colégio é as
autoridades do setor e os profissionais que trabalham com educação
mergulharem sobre o trabalho desenvolvido na Escola Kennedy, que
funciona junto ao instituto, tradicional centro formador de docentes,
para tentar, disseminando, repetir o sucesso da experiência.
Para se ter ideia, a escola estadual
partiu de um Ideb 2,6 em 2005, abaixo das metas estaduais e nacionais,
para 6 em 2012, quando foi apontada como a melhor avaliada na capital
potiguar.
A pontuação alcançada neste ano no Ideb,
caso fossem mantidos o ritmo e a tendência observados em 2005, só seria
obtida em 2021, de acordo com projeção feita na época pelo Ministério
da Educação. Assim é possível ter a dimensão de como os processos
avançaram até que fosse conseguido o sucesso atual.
Ao NOVO JORNAL, em reportagem publicada
domingo passado, a diretora Maria Gorete Nobre Silva informou algumas
das receitas que aplicou em seu método de administrar, às quais atribui o
sucesso de sua gestão. Entre elas, a destacar, o envolvimento das
famílias dos alunos, aí entendendo, segundo sinalizou, que a natureza do
aprendizado extrapola, em muito, os limites do colégio.
Há, ainda, reforço escolar, programas
como o de incentivo à leitura e planejamento constante. No próximo ano,
por exemplo, dentro desse planejamento, deve ser adotado o tempo
integral.
Portanto, num momento em que a educação
pública vive, ao menos num caso particular, uma situação completamente
adversa, com o quadro de decadência do Atheneu, o exemplo da Escola
Kennedy traz um alento: o de que nem tudo está perdido nesta área.
O ensino bancado pelo poder público não
está fadado ao fracasso. Os problemas são inúmeros, bem verdade, a
maioria dos quais conhecidos, e todos eles concorrem para os resultados
insuficientes.
O que as forças que militam na educação
precisam fazer é empreender esforços no sentido de ampliar, o mais
possível, exemplos como o do Kennedy. Conseguirão eliminando todos os
fatores negativos que hoje imperam no ensino público. A boa notícia – é
este o principal mérito da conquista do colégio potiguar – é que há
saídas para melhorar o hoje enfraquecido ensino bancado pelo estado.
http://novojornal.jor.br/blog/2012/11/14/editorial-viva-o-kennedy/
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