Principais temas a serem discutidos na Rio +20 não têm conceitos definidos nem estão na pauta de prioridades dos países
Marianna Rios
Especial para o Correio
A economia verde e o desenvolvimento sustentável, os dois eixos básicos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), são conceitos pouco esclarecidos e ainda não fazem parte das políticas econômicas dos países. Esse foi um dos resultados do seminário preparatório para o evento, realizado na Câmara nesta terça-feira (27).
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o desenvolvimento sustentável ainda é um “conceito marginal” mesmo para os países desenvolvidos. Da mesma forma, a definição de economia verde não deixa claro algumas questões, como a geração de emprego.
Segundo a ministra, além da falta de conhecimento sobre os temas, falta vontade política e correlação com questões políticas, econômicas e sociais. Ela ainda destacou que o maior desafio da conferência será conseguir um consenso sobre as 170 páginas de propostas do Rascunho Zero — documento que servirá como base para os debates.
Izabella ainda destacou a necessidade de se pensar políticas a médio e longo prazo e falou sobre o legado da conferência. “A Rio +20 precisa recepcionar os últimos e os próximos 20 anos”, disse a ministra.
Economia verde
A economia sustentável foi o tema do debate na Câmara. Para o chefe da divisão de Meio Ambiente do ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco, existe a preocupação de que a novidade possa ser encarada como uma barreira aos países produtores.
Representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, o moçambicano Hélder Muteia, defende que os agricultores devem ser inseridos no contexto da economia verde com investimento na formação. “Ela tem de criar condições para que os agricultores encurralados na pobreza tenham alternativas para aderir”, disse.
Segundo Muteia, a agricultura é responsável pela ocupação de 30% das terras do planeta e utiliza cerca de 60% dos recursos naturais da Terra e 70% da água doce do mundo.
Já para a economista e diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES), Sandra Rios, o Brasil não está preparando, com políticas públicas, a estrutura da economia e da política industrial para adotar a economia verde. “O país tem dado menor atenção às políticas econômicas centradas na economia verde”, avaliou.
..http://www.correiobraziliense.com.br/
Especial para o Correio
A economia verde e o desenvolvimento sustentável, os dois eixos básicos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), são conceitos pouco esclarecidos e ainda não fazem parte das políticas econômicas dos países. Esse foi um dos resultados do seminário preparatório para o evento, realizado na Câmara nesta terça-feira (27).
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o desenvolvimento sustentável ainda é um “conceito marginal” mesmo para os países desenvolvidos. Da mesma forma, a definição de economia verde não deixa claro algumas questões, como a geração de emprego.
Segundo a ministra, além da falta de conhecimento sobre os temas, falta vontade política e correlação com questões políticas, econômicas e sociais. Ela ainda destacou que o maior desafio da conferência será conseguir um consenso sobre as 170 páginas de propostas do Rascunho Zero — documento que servirá como base para os debates.
Izabella ainda destacou a necessidade de se pensar políticas a médio e longo prazo e falou sobre o legado da conferência. “A Rio +20 precisa recepcionar os últimos e os próximos 20 anos”, disse a ministra.
Economia verde
A economia sustentável foi o tema do debate na Câmara. Para o chefe da divisão de Meio Ambiente do ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco, existe a preocupação de que a novidade possa ser encarada como uma barreira aos países produtores.
Representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, o moçambicano Hélder Muteia, defende que os agricultores devem ser inseridos no contexto da economia verde com investimento na formação. “Ela tem de criar condições para que os agricultores encurralados na pobreza tenham alternativas para aderir”, disse.
Segundo Muteia, a agricultura é responsável pela ocupação de 30% das terras do planeta e utiliza cerca de 60% dos recursos naturais da Terra e 70% da água doce do mundo.
Já para a economista e diretora do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (CINDES), Sandra Rios, o Brasil não está preparando, com políticas públicas, a estrutura da economia e da política industrial para adotar a economia verde. “O país tem dado menor atenção às políticas econômicas centradas na economia verde”, avaliou.
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