
Oito destaques apresentados ao
relatório do deputado Angelo Vanhoni sugeriam aumentar a meta de
investimento na educação. No final, os parlamentares acordaram que
apenas o destaque apresentado pelo deputado Paulo Rubem Santiago
(PDT-PE) seria apreciado. No texto aprovado, o governo se compromete a
investir pelo menos 7% do PIB na área nos primeiros cinco anos de
vigência do plano e 10% ao final de dez anos.
Angelo Vanhoni, que chegou a sugerir a
aplicação de 8% do PIB em seu último relatório, apoiou a proposta de
última hora. Apesar de ter votado pelos 10%, ele voltou a afirmar que os
8% seriam suficientes para uma melhoria significativa da educação no
País. "Contudo, não compete ao relator ir de encontro a 99% da comissão
especial", avaliou.
O autor do destaque aprovado, o
deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) acredita que a alternativa teve
apoio do governo porque oferece flexibilidade na gestão orçamentária.
Isso porque outras propostas previam metas intermediárias ano a ano. A
proposta aprovada segue agora para o Senado.
Para Roberto Leão, a mobilização da
sociedade civil e dos parlamentares favoráveis aos 10% é a prova de que
há condições políticas para realizar o investimento, ao contrário do que
pensa a área econômica do governo. Mas o presidente da CNTE alerta que a
sociedade deve estar vigilante para que esse investimento realmente se
reverta em melhorias na educação pública. "Temos que estar atentos para
que não haja nenhum desvio no meio do caminho. Para que possamos
efetivamente ver esse dinheiro lá na ponta, na escola, ajudando a
melhorar as condições do trabalho, do ensino e aprendizagem, de carreira
dos professores, ver o piso salarial profissional efetivamente colocado
em prática e ver uma educação pública com a qualidade que estamos
sonhando", afirma.
Sobre a tramitação do PNE agora no
Senado, Leão acredita que a matéria não obterá resistências naquela
casa. "Creio que os senadores serão sensíveis e não vão votar contra
aquilo que já foi decidido na Câmara e que foi resultado da pressão
popular. Não só os 10%, mas todo o PNE precisa ser resolvida este ano
para ser colocado em prática a partir de 2013 para que tenhamos um Norte
que dê luz à educação brasileira", conclui. (CNTE, 27/06/12)
FONTE: SINTE RN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário