A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),
Helena Nader, disse nesta sexta-feira, 27, que a entidade é contra a
progressão sem critérios na carreira de professor, sem levar em conta a
titulação. Ao comentar a nova proposta de carreira para os docentes
apresentada pelo governo federal, ela lembrou que a SBPC se posicionou,
no ano passado, contra o projeto de lei que dispensava a pós-graduação
na formação para professores universitários [Projeto de Lei nº
220/2010].
“Nos dias de hoje, as universidades federais não
contratarem alguém com mestrado e doutorado é negar a pós-graduação
brasileira, que está formando indivíduos qualificados”, disse Helena,
professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Na
opinião da presidente da SBPC, a universidade brasileira tem um papel
importante na inclusão social e no desenvolvimento econômico do país e
tem de ser preservada. “A carreira docente tem que ser valorizada; não
pode ficar como tábula rasa.”
O governo federal propôs plano de
carreira, a vigorar a partir de 2013, às entidades sindicais dos
professores das universidades federais e dos institutos federais de
educação, ciência e tecnologia. A proposta estimula a titulação, a
dedicação exclusiva e a certificação de conhecimentos.
Retorno —
Para o reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino
Salgado Filho, a comunidade acadêmica precisa, agora, repensar a posição
de greve. Segundo ele, a nova proposta de carreira para os professores é
“bastante razoável”, ao se considerar a atual conjuntura econômica do
país. “O governo mostrou disposição em dialogar, já que apresentou uma
segunda proposta”, disse. “Outros pontos ainda a serem negociados não
podem atrapalhar o retorno às atividades.”
FONTE: PORTAL DO MEC.
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