Alimentação balanceada e atividade física são fundamentais para obter
bom desempenho nos vestibulares. Alunos que estudam muito o conteúdo e
deixam a saúde de lado correm risco de comprometer os resultados.
Pensando nisso, Ricardo Zanuto, nutricionista, mestre e doutor em
fisiologia humana, listou algumas ações simples que ajudam, e muito,
nessa fase.
Segundo ele, o gasto energético de quem estuda é estimado em torno de
120-150kcal/hora. Este cálculo pode variar dependendo do peso e da idade
da pessoa. Se compara com 10 minutos de corrida, 20 minutos de
bicicleta ou 30 minutos de caminhando devagar. “O gasto energético é
baixo, mas, ainda assim, o ideal é que o aluno não passe mais de três
horas sem comer para evitar déficit de atenção decorrente da fome”,
explica.
Entre 30 e 60 minutos diários de exercícios aeróbios, como caminhada
ou corrida em ritmo moderado, são muito eficientes para aumentar os
níveis de endorfina e serotonina, diminuindo os níveis de ansiedade. A
atividade física também vai evitar que o aluno ganhe peso indesejável,
já que passa muito tempo sentado.
É importante, ainda, buscar a ingestão mínima de 2 litros de água por
dia e dormir bem para que os níveis de cortisol (hormônio do estresse)
pela manhã não se elevem demais. Outra orientação é evitar o álcool,
pois é inibidor do sistema nervoso central, ou seja, prejudica a
concentração, a memória e o raciocínio.
Uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras e legumes pode suprir
totalmente a necessidade diária de nutrientes. Quando não é capaz de
suprir, existe uma série de suplementos que podem auxiliar perdas
pontuais. Os multivitamícos, cápsulas de ômega 3 e óleo de linhaça são
os mais significativos.
“O resultado do sucesso é a somatória do que anteriormente se foi
planejado. Da mesma maneira que um estudante tem que passar horas e dias
a fio estudando, a nossa saúde só será garantida se praticarmos
atividades físicas regulares e se seguirmos uma dieta balanceada. O
aluno tem que se atentar para esses aspectos antes que o corpo peça por
isso. A chave do sucesso é a prevenção”, diz.
Ricardo Zanuto separou alguns alimentos que ajudam na memória e reduzem o cansaço:
Peixes:
boas fontes de zinco e selênio que são antioxidantes e estimulantes da
atividade neural, minimizando o cansaço ao final do dia.
Ovos:
pois apresentam boa fonte de colina essencial para a produção de um
neurotransmissor chamado acetilcolina fundamental para o aprendizado e
memória.
Frutas:
Principalmente as ricas em vitamina C (laranja, limão, maracujá), pois
contribuem para o combate aos radicais livres e ao cansaço e aumentam
as defesas do organismo. Maçã, pois possui um composto chamado fisetina
que auxilia no amadurecimento das células nervosas e estimula o sistema
nervoso central e as frutas vermelhas pelo alto teor de flavonóides
capazes de reverter déficits de memória.
FONTE: DN ONLINE
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