O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de
todos os bens produzidos pelo País, cresceu 0,4% no segundo trimestre,
em relação aos três primeiros meses de 2012. Os dados foram divulgados
nesta sexta-feira (31), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o ministro da
Fazenda, Guido Mantega, o resultado é bom, porque indica uma tendência
de crescimento para o restante do ano. “É um prenúncio de resultados
melhores no segundo semestre”, garantiu ele, durante entrevista coletiva
em São Paulo.
Veja os dados completos da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais do IBGENa comparação com o segundo trimestre de 2011, o PIB teve alta de 0,5%, puxado principalmente pela Agropecuária (1,7%), que se destacou entre as atividades econômicas pesquisadas. O setor de serviços teve um avanço mais leve, de 0,7%. Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 1,1 trilhão.
Para o ministro, a economia já começou a mostrar aceleração gradual, apesar da crise financeira internacional, e instituições e especialistas têm previsto um crescimento de 4% ou mais para o próximo ano. “Estamos numa transição para um crescimento maior”, afirmou ele, ao citar que instituições e especialistas têm previsto um crescimento de 4% ou mais para o próximo ano.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também comentou o crescimento do PIB, afirmando que os números confirmam a “a recuperação gradual da atividade econômica no primeiro semestre”. Tombini destacou que a demanda doméstica continuou sendo o principal suporte da economia, com o consumo das famílias sendo estimulado pela expansão moderada do crédito, pela geração de empregos e de renda.
“Os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto constituem um diferencial da economia brasileira. Dessa forma, mesmo diante do complexo ambiente internacional, as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade ao longo deste segundo semestre e do próximo ano”, disse o presidente do BC.
Juros menores para ajudar produção
A indústria foi o único setor a registrar queda (-2,5%), com baixa em três das quatro atividades pesquisadas: recuo de 2,5% da indústria de transformação, seguida por extrativa mineral (- 2,3%) e pela construção civil (- 0,7%).
O Ministério da Fazenda destacou que houve alta de 1,6% em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. Mas Mantega lembrou que o governo já tomou medidas que diminuíram os custos de produção e tornam mais vantajoso o investimento.
“Acredito numa recuperação da indústria”, afirmou. “A redução do IPI está surtindo efeito e deverá ser anunciada uma venda recorde do setor automobilístico”, adiantou. O ministro comentou ainda que a queda da taxa selic também trará efeitos positivos para o setor de produção. “Algumas mudanças podem demorar a fazer efeito, mas a indústria toda se adaptará a juros menores.”
Fonte: Portal Planalto
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