A formação e a valorização dos trabalhadores em educação tomaram
conta do debate da 8ª Conferência Nacional de Educação na tarde do
segundo dia de encontro. A discussão é ampla e reuniu aspectos como
plano de carreira, Piso Nacional e a estrutura democrática e as
conquistas pedagógicas.
O professor e ex-presidente da CNTE, Carlos Abicalil, provocou os
participantes com questionamentos sobre os instrumentos e as ferramentas
de valorização dos educadores e fez um alerta para o risco do uso
frequente da palavra docência nalegislação. "Essa migração de um termo
para o outro pode significar uma restrição de direitos principalmente de
carreira", disse.
Piso - o professor João Monlevade fez um resgate histórico da
identidade dos profissionais de educação: "Estamos num momento de poder
evoluir". Ele defendeu a extensão do Piso Nacional para os funcionários
de escola baseado no Art.206 da Constituição Federal.
"O inciso 8º fala da fixação de um piso salarial por lei federal para
todos os incluindo os profissionais de escola. Agora, isso só será
possível quando a maioria dos funcionários for profissionalizada",
avaliou.
Formandos - A professora Maria Isabel de Almeida, da USP, apresentou
os primeiros resultados de uma pesquisa sobre os rumos e as escolhas dos
formandos em licenciatura da Universidade. O levantamento está ainda em
fase inicial, mas já apontou resultados surpreendentes.
"Chamou a atenção, por exemplo, o fato de que o numero de formandos
que ingressam na escola pública é maior do que se diz", revelou. A
pesquisa abrange 31,6% dos 433 mil formandos entre 2005 e 2008 em 17
áreas. Desse universo, 60% revelaram que são educadores. A pesquisa vai
durar cinco anos.
*retirado do site da CNTE
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