Legado do intelectual é ignorado no dia do Folclore
"Américo influenciou a nossa maneira de escrever e pensar. Era um modernista", afirmou o escritor e artista plástico Dorian Gray Caldas, ex-aluno e admirador do jurista e escritor Américo de Oliveira Costa (1910-1996). Macauense de nascimento e errante por opção, circulou por cidades do interior do RN e por PE antes de se fixar em Natal, cidade onde passou a maior parte de sua vida e manteve uma relação íntima. Foi aqui que deixou seu maior legado: as pesquisas sobre a obra de Câmara Cascudo, do qual é o principal biógrafo. Por uma feliz coincidência do destino nasceu em 22 de agosto, Dia Mundial do Folclore, e nesta próxima segunda-feira completaria 101 anos - mas a data não será devidamente lembrada, fato que incomoda a filha Vitória dos Santos Costa e o neto João Eduardo de Carvalho Costa.
"Meu pai fez o principal livro sobre a obra de Cascudo - 'Viagem ao Universo de Câmara Cascudo' (1969) -, mas não mereceu uma única citação durante as homenagens que registraram a passagem dos 25 anos da morte de Cascudo", ressente-se Vitória. "Eu não quero nada de ninguém, só não posso deixar sua memória ser descartada", emenda. Vitória lembra que seu pai dá nome a uma biblioteca na zona Norte "muito visitada, mas abandonada. Até a placa de identificação caiu".
Autor do biografia "O Habitante da Biblioteca: 100 anos de Américo de Oliveira Costa", João Eduardo acredita que, pelo extenso currículo do avô, ele merecia ser lembrado. "É um compromisso com a memória da cidade, do estado e por não dizer do Brasil", acredita. Na capital potiguar, Américo exerceu a função de professor universitário, foi promotor e procurador do Estado, ocupou a cadeira 27 da Academia Norte-riograndense de Letras, figura entre os sócios fundadores da Aliança Francesa e colaborou como cronista nos principais jornais da cidade, e sua relação com o principal folclorista do Brasil. "Merecia bem mais", completa Vitória.
divulgaçãoAmérico é autor de Viagem ao universo de Câmara Cascudo
"Meu pai fez o principal livro sobre a obra de Cascudo - 'Viagem ao Universo de Câmara Cascudo' (1969) -, mas não mereceu uma única citação durante as homenagens que registraram a passagem dos 25 anos da morte de Cascudo", ressente-se Vitória. "Eu não quero nada de ninguém, só não posso deixar sua memória ser descartada", emenda. Vitória lembra que seu pai dá nome a uma biblioteca na zona Norte "muito visitada, mas abandonada. Até a placa de identificação caiu".
Autor do biografia "O Habitante da Biblioteca: 100 anos de Américo de Oliveira Costa", João Eduardo acredita que, pelo extenso currículo do avô, ele merecia ser lembrado. "É um compromisso com a memória da cidade, do estado e por não dizer do Brasil", acredita. Na capital potiguar, Américo exerceu a função de professor universitário, foi promotor e procurador do Estado, ocupou a cadeira 27 da Academia Norte-riograndense de Letras, figura entre os sócios fundadores da Aliança Francesa e colaborou como cronista nos principais jornais da cidade, e sua relação com o principal folclorista do Brasil. "Merecia bem mais", completa Vitória.
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