A taxa de informalidade que chegou a 43,6% em 2002 caiu para 37,4% em
2009, uma diminuição de 6,2 pontos percentuais, segundo o trabalho da
FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A falta de formalização nas relações de trabalho, que se traduz
principalmente pela ausência de registro em carteira, é inversamente
proporcional ao grau de escolaridade: quanto mais anos de estudo, maior a
formalização. Segundo a pesquisa, houve queda na informalidade em todas
as camadas educacionais.
Com até três anos de estudo, 62,8% dos trabalhadores eram informais em
2002, passando para 59,1% em 2009. Entre os que têm ensino médio
completo e superior incompleto, com 11 a 14 anos de estudo, a taxa de
informalidade era 28,7% em 2002 e caiu para 24,7% em 2009. Já os
detentores de diploma universitário, com mais de 15 anos de estudo,
registravam 26,1% de informalidade em 2002, número que diminuiu para
23,4% em 2009.
Para o pesquisador Rodrigo Moura, existe uma relação direta entre mais
anos de estudo e exigência profissional, tanto pelo trabalhador como
pelo empregador. “O trabalhador com maior escolaridade aceita menos um
contrato informal de trabalho. Quem tem maior nível educacional tem
maior poder de barganha”, disse.
Apesar das variáveis econômicas e políticas não estarem explícitas no
levantamento da FGV, o pesquisador reconheceu que também devem ser
levados em conta o bom momento vividos pelo país e o mundo na maior
parte da década passada, bem como a adoção de políticas públicas de
geração de emprego e renda, facilitando a contratação. Outro dado
relevante foi o incentivo federal ao ingresso nas universidades
públicas, com a expansão das vagas.
A pesquisa pode ser acessada na íntegra no endereço http://portalibre.fgv.br/.
Nenhum comentário:
Postar um comentário