Ministério recebe inscrições para bolsas de intercâmbio artístico e cultural
Alex Rodrigues
Repórter Agência Brasil
Brasília - Mais de 200 interessados em obter apoio financeiro do Ministério da Cultura para participar de eventos artísticos e culturais promovidos por instituições brasileiras ou estrangeiras já procuraram o Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do governo. A demanda é considerada satisfatória pelo coordenador do programa, Diogo Baldacci, para quem a tendência é que o número aumente à medida que se aproxima o fim do prazo para as inscrições do primeiro grupo de benefícios.
Criada em 2003, a iniciativa, que está a cargo da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do ministério, concede uma espécie de bolsa em dinheiro a artistas, técnicos, agentes culturais e estudiosos. Para benefícios individuais, os valores variam de R$ 500 (para viagens no estado do próprio requerente) a R$ 5 mil (para viagens a países da Europa, África, Ásia e Oceania).
Além do apoio financeiro para viagens, os contemplados ainda podem solicitar recursos para participar de cursos ou residências no Brasil e no exterior. Os valores, nesse caso, variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil mensais, concedidos por, no máximo, três meses.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela página do ministério na internet. Para eventos programados para outubro, os pedidos de apoio devem ser encaminhados até 25 de agosto. Instruções, editais e o cronograma de inscrições até março de 2012 também estão disponíveis na internet.
Baldacci orienta os interessados a ler a cartilha e o edital do programa antes de preencher o pedido de bolsa, a fim de evitar erros que invalidem a inscrição. Segundo ele, em anos anteriores, os erros mais comuns estavam ligados a problemas simples como perda dos prazos - que indica falta de atenção às regras - e não confirmação do envio do documento preenchido.
Em 2010, o ministério destinou R$ 2,3 milhões para esse tipo de bolsa, beneficiando 767 pessoas ou 282 requerimentos (180 individuais e 102 de grupos). Este ano, o valor subiu para R$ 3,3 milhões e a expectativa do ministério é que o número de contemplados também seja maior que no ano passado.
De acordo com Baldacci, além de permitir aos contemplados divulgar os trabalhos e adquirir novos conhecimentos e experiências, o programa ajuda a tornar mais conhecida parte da produção cultural brasileira. Além disso, há ainda a disseminação do conhecimento, já que, como contrapartida do dinheiro público recebido, o beneficiado tem que, ao retornar, dar algum retorno direto à sociedade, como participar de uma apresentação pública ou dar uma palestra ou um curso sobre a área de estudos que foi objeto da bolsa.
Para Wenderson Godoi dos Santos, do Grupo Hibridus de Dança, criado em 2002 na cidade mineira de Ipatinga, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, o programa foi fundamental. “Este tipo de iniciativa é bacana demais porque diminui distâncias, principalmente, para os grupos do interior do país que lidam com maiores dificuldades para circular, mostrar seus trabalhos e conhecer outras companhias”.
O Hibridus já foi contemplado duas vezes. Na segunda, recebeu ajuda de R$ 8 mil, que permitiu a compra de passagens aéreas para que parte da companhia viajasse à Argentina para participar do Festival de Dança Contemporânea de Buenos Aires. “O festival bancou hospedagem e alimentação, mas sem o edital do ministério seria muito mais difícil conseguirmos participar do evento, já que as passagens aéreas são o [item] mais caro [da viagem], seria quase impossível”.
Para o dançarino, o processo de inscrição no programa de intercâmbio é simples e a seleção, transparente. “O único porém é que, como qualquer outro recurso público, demora a ser pago. No nosso caso, o dinheiro só foi depositado em nossa conta quando já tínhamos voltado da viagem. Mesmo assim, como já sabíamos que havíamos sido contemplados, pudemos comprar as passagens no cartão de crédito”.
Edição: Vinicius Doria
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
Repórter Agência Brasil
Brasília - Mais de 200 interessados em obter apoio financeiro do Ministério da Cultura para participar de eventos artísticos e culturais promovidos por instituições brasileiras ou estrangeiras já procuraram o Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do governo. A demanda é considerada satisfatória pelo coordenador do programa, Diogo Baldacci, para quem a tendência é que o número aumente à medida que se aproxima o fim do prazo para as inscrições do primeiro grupo de benefícios.
Criada em 2003, a iniciativa, que está a cargo da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do ministério, concede uma espécie de bolsa em dinheiro a artistas, técnicos, agentes culturais e estudiosos. Para benefícios individuais, os valores variam de R$ 500 (para viagens no estado do próprio requerente) a R$ 5 mil (para viagens a países da Europa, África, Ásia e Oceania).
Além do apoio financeiro para viagens, os contemplados ainda podem solicitar recursos para participar de cursos ou residências no Brasil e no exterior. Os valores, nesse caso, variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil mensais, concedidos por, no máximo, três meses.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela página do ministério na internet. Para eventos programados para outubro, os pedidos de apoio devem ser encaminhados até 25 de agosto. Instruções, editais e o cronograma de inscrições até março de 2012 também estão disponíveis na internet.
Baldacci orienta os interessados a ler a cartilha e o edital do programa antes de preencher o pedido de bolsa, a fim de evitar erros que invalidem a inscrição. Segundo ele, em anos anteriores, os erros mais comuns estavam ligados a problemas simples como perda dos prazos - que indica falta de atenção às regras - e não confirmação do envio do documento preenchido.
Em 2010, o ministério destinou R$ 2,3 milhões para esse tipo de bolsa, beneficiando 767 pessoas ou 282 requerimentos (180 individuais e 102 de grupos). Este ano, o valor subiu para R$ 3,3 milhões e a expectativa do ministério é que o número de contemplados também seja maior que no ano passado.
De acordo com Baldacci, além de permitir aos contemplados divulgar os trabalhos e adquirir novos conhecimentos e experiências, o programa ajuda a tornar mais conhecida parte da produção cultural brasileira. Além disso, há ainda a disseminação do conhecimento, já que, como contrapartida do dinheiro público recebido, o beneficiado tem que, ao retornar, dar algum retorno direto à sociedade, como participar de uma apresentação pública ou dar uma palestra ou um curso sobre a área de estudos que foi objeto da bolsa.
Para Wenderson Godoi dos Santos, do Grupo Hibridus de Dança, criado em 2002 na cidade mineira de Ipatinga, a 200 quilômetros de Belo Horizonte, o programa foi fundamental. “Este tipo de iniciativa é bacana demais porque diminui distâncias, principalmente, para os grupos do interior do país que lidam com maiores dificuldades para circular, mostrar seus trabalhos e conhecer outras companhias”.
O Hibridus já foi contemplado duas vezes. Na segunda, recebeu ajuda de R$ 8 mil, que permitiu a compra de passagens aéreas para que parte da companhia viajasse à Argentina para participar do Festival de Dança Contemporânea de Buenos Aires. “O festival bancou hospedagem e alimentação, mas sem o edital do ministério seria muito mais difícil conseguirmos participar do evento, já que as passagens aéreas são o [item] mais caro [da viagem], seria quase impossível”.
Para o dançarino, o processo de inscrição no programa de intercâmbio é simples e a seleção, transparente. “O único porém é que, como qualquer outro recurso público, demora a ser pago. No nosso caso, o dinheiro só foi depositado em nossa conta quando já tínhamos voltado da viagem. Mesmo assim, como já sabíamos que havíamos sido contemplados, pudemos comprar as passagens no cartão de crédito”.
Edição: Vinicius Doria
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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