O índice de mortalidade de mulheres que receberam
assistência durante a gravidez em 2011, primeiro ano do Programa Rede
Cegonha do Ministério da Saúde, caiu 21%. A pesquisa, divulgada nesta
sexta-feira (25), revela que, entre janeiro e setembro do ano passado,
as mortes decorrentes por complicações na gravidez e no parto
totalizaram 1.038, contra 1.317 no mesmo período de 2010.
“Nos últimos dez anos, a taxa esteve variando entre 5% e 7%. É a
primeira vez que a gente chega a reduzir fortemente, intensificando a
redução da mortalidade materna. Chegando a mais de 20%. Pelos nossos
dados preliminares, essa tendência continua ao longo do último trimestre
de 2011”, anunciou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.De 1990 a 2010, o indicador de mortalidade materna no país passou de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. Também durante esse período houve redução em todas as causas diretas de mortalidade materna: doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, pelo parto ou pelo pós-parto (42,7%), infecções pós-parto (60,3%), hipertensão arterial (66,1%), hemorragia (69,2%) e aborto (81,9%).
A Rede Cegonha foi lançada em março de 2011. No total, foram investidos R$ 2,5 bilhões para melhorar o atendimento às gestantes e aos bebês. Segundo o ministro, essa forte redução, está ligada a expansão das ações do programa. “Em 2011, 1,7 milhão de mulheres realizaram, pelo menos, sete consultas no pré-natal. Isso mostra também a estratégia da Rede Cegonha de aumentar a qualificação das maternidades de alto risco, de ampliar leitos de UTI materna e de neonatal, e a adesão de municípios”, explicou Padilha.
O ministro informou ainda que todos os estados e o Distrito Federal já aderiram à rede. E que, desde 2008, o ministério realiza um gerenciamento das investigações de mortes de mulheres em idade fértil – entre 10 e 49 anos. Os casos são analisados por equipes de vigilância dos estados e municípios e as informações são repassadas à pasta.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado neste mês, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Fundo de População das Nações Unidas e o Banco Mundial, aponta uma queda de 51% no número de mortes maternas no Brasil entre 1990 e 2010.
Fonte: Portal Planalto
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