Choro é destaque na noite de domingo no Cena Contemporânea
Brasília - A 12° edição do Festival Internacional de Teatro de Brasília, o Cena Contemporânea, dedica ao choro, na noite de domingo (4), um espaço especial dentro do evento artístico cultural. Às 22h30, o grupo Choro Livre se apresenta no Museu Nacional da República.
O choro ou chorinho como é conhecido, é um gênero musical tipicamente brasileiro que surgiu no Rio de Janeiro por volta de 1870 e tem origem em estilos musicais como a polca, o maxixe, o tango, o lundum e o samba.
O Choro Livre, referência nas noites brasilienses, é formado, em sua maioria, por músicos da capital federal que tiveram seus primeiros contatos com o choro na Escola de Choro Raphael Rabello, pioneira no ensino do chorinho em Brasília. A escola é a realização do sonho do bandolinista Henrique Santos Lima, o Reco do Bandolim, que viu a necessidade de ensinar e preparar futuros chorões para perpetuar esse estilo musical, que segundo ele, é o berço da cultura brasileira.
Reco do Bandolim, que chegou a Brasília ainda pequeno, cresceu na cidade e descobriu a vocação da capital federal para o choro. Tocava na noite e passou alimentar o sonho de fundar uma escola de música. “Não foi fácil, eu falava com um e outro para tentar mostrar meu projeto e conseguir algum apoio. Foi com muita luta que consegui realizar esse sonho”, disse.
O choro veio para Brasília trazido pelo presidente Juscelino Kubitschek, que costumava convidar músicos cariocas a fim de se apresentarem para grupos de amigos. Jacob do Bandolim, que tocava em saraus acompanhado de alguns chorões, também contribuiu para o surgimento do choro em Brasília.
As apresentações ocorriam na casa dos próprios chorões e, mais tarde, no vestiário no Centro de Convenções, local cedido pelo então governador Elmo Serejo Farias. Só em 1977 foi inaugurado o Clube do Choro, onde os músicos passaram a se apresentar.
O professor Fernando César, que toca desde os 11 anos de idade, disse que o amor pelo estilo musical veio com o pai, seu grande incentivador. “Comecei com o cavaquinho, foi o meu pai que me incentivou a tocar. Já me apresentei em vários países, a mais recente na República Dominicana”, declarou. “Alguns alunos chegam aqui, na escola, sem ter muita noção do instrumento e, mais tarde, tornam-se grandes músicos. Alguns deles tocam hoje no grupo Choro Livre e dão aulas aqui”.
Edição: Aécio Amado
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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