quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Prefeito, primeira-dama e secretários de Traipu, em Alagoas, são suspeitos de desviar dinheiro da educação

Prefeito, primeira-dama e secretários de Traipu, em Alagoas, são suspeitos de desviar dinheiro da educação


Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) desarticulou hoje (20) um esquema de desvio de recursos federais no município alagoano de Traipu, a cerca de 190 quilômetros de Maceió. Além do prefeito Marco Antônio dos Santos e da primeira-dama Juliana Kummer, dois secretários municipais, um ex-secretário e três seguranças do prefeito estão envolvidos.
O grupo é suspeito de desviar verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). A CGU encontrou indícios de desvios que podem somar R$ 8,2 milhões entre 2007 e 2010.
Dentre as irregularidades encontradas estão licitações fantasma, prestações de conta fictícias e pagamentos por serviços inexistentes. Segundo a PF, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, 16 de busca e apreensão, 28 de sequestro de bens e quatro ordens de suspensão do exercício da função pública.
A operação de hoje é um desdobramento da Operação Mascotch, deflagrada em março, para desarticular um esquema criminoso responsável pelo desvio de recursos da merenda escolar em 13 municípios alagoanos, incluindo Traipu. Pelo menos três dos envolvidos na operação de hoje já tinham sido presos em março: a primeira-dama Juliana Kummer, o secretário de Compras do município, Charles Douglas Amaro Costa, e o ex-secretário de Administração Francisco Albuquerque dos Santos.
De acordo com a PF, os presos serão indiciados por formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento falso, peculato, prevaricação, emprego irregular de verbas públicas, fraude de licitações, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa. A Agência Brasil procurou a prefeitura de Traipu, mas não obteve retorno aos pedidos de entrevista.
Edição: Vinicius Doria
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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