Para
ingressar no serviço público, muitas vezes, não basta apenas ter um bom
desempenho em provas objetivas e discursivas. É preciso também suar a
camisa, literalmente. É que em concursos para as polícias federal, civil
e militar e em seleções para cargos como agente de trânsito, guarda
municipal, técnicos na área de segurança e transporte e bombeiros, são
comuns os testes de aptidão física (TAF).
De caráter eliminatório e/ou classificatório, o exame físico tem como objetivo avaliar a capacidade do indivíduo para desempenhar as funções típicas do cargo que ocupará. Resistência, velocidade, força, flexibilidade e coordenação motora são habilidades cobradas nesses exames.
De acordo com Elon Junior, professor de educação física do Concurso Virtual e autor do livro 'Preparação Física para Concursos' (Editora Campus-Elsevier), é comum pessoas altamente qualificadas intelectualmente serem consideradas inaptas fisicamente. Por se tratar geralmente da última fase da seleção, muitos candidatos deixam para se preparar para o teste físico somente depois de aprovados nas provas escritas e subjetivas
- Muitos candidatos dedicam pouco tempo aos treinos, pois a rotina de estudos e trabalho é cansativa. E tem os que, simplesmente, acreditam que já têm preparo físico e, portanto, conseguirão executar os exercícios avaliados - afirma.
Segundo ele, os índices de reprovação só vão começar a cair quando os candidatos mudarem a forma de se prepararem para a prova.
- Embora um pequeno percentual de concurseiros já esteja se conscientizando da importância de treinar com antecedência, a grande maioria treina muito em cima. Arrisco dizer que 99% dos que almejam um cargo público tomam a decisão equivocada de treinar após a aprovação da primeira fase. Por que afirmo decisão equivocada? Porque quando sai a relação dos aprovados convocando para o TAF, geralmente, o tempo é em torno de quatro a seis semanas, e para muitos, fica inviável promover um treinamento eficaz.
Elon explica que, como o tempo é curto, muitos candidatos querem resultados milagrosos e pulam etapas de treinamento, consequentemente entrando em overtrainer (excesso de treinamento), o que aumenta a probabilidade de ocorrerem lesões. Dependendo da gravidade, o candidato fica impossibilitado de se submeter aos testes e é reprovado.
O preparador físico do Curso Maxx, Fábio Azevedo, lembra que não há um teste que venha a valer mais que o outro nas provas de aptidão física. O que existe é um mínimo a ser atingido para não ser considerado inapto:
- Mas é preciso ter cuidado, pois nem sempre fazendo somente o mínimo o aluno irá passar, devido a uma solicitação de pontuação mínima no somatório dos testes.
Azevedo dá como exemplo a prova da Polícia Federal, onde o mínimo em cada modalidade são dois pontos. No entanto, no somatório do conjunto, o candidato deverá perfazer um total de 12 pontos, o que só poderia ser alcançado se obtiver três pontos em cada teste.
Os especialistas aconselham que o candidato treine sob a orientação de um professor de educação física registrado no Conselho Regional de Educação Física e que tenha experiência com teste físico para concursos.
- Se preocupar apenas com o condicionamento não é suficiente. É preciso passar para os alunos como executar cada teste exigido no edital, além de orientar quais erros não podem cometer na hora da avaliação - diz Elon.
Antes de começar os treinos, o candidato deve passar por um check-up com um cardiologista, para saber se está 100% apto a praticar atividades físicas. Azevedo ressalta a importância de o aluno passar por uma avaliação minuciosa antes que seja prescrita a rotina de treinamento, que deve começar com os exercícios mais simples, em pequenas doses, passando para os mais complexos.
Como deve ser a rotina de treinamentos:
De acordo com o professor Elon Júnior, o treinamento deve ser diário (seis vezes por semana) para os já praticantes de atividade física e três vezes por semana para os iniciantes, deixando um dia de intervalo para recuperar o desgaste do dia do treino. A ideia é progredir gradativamente, logo após a adaptação da carga de treino.
Como a maioria dos TAFs exige mais de três testes, intercale um dia para a parte anaeróbia (força e potência), que pode ser trabalhada através de exercícios abdominais, de barra e flexão, e no outro a parte aeróbia (resistência), que poderá ser uma corrida contínua acima de 30 minutos. Vale lembrar que aqueles que não conseguem correr esse tempo continuamente podem intercalar com caminhada.
Da Agência O Globo
De caráter eliminatório e/ou classificatório, o exame físico tem como objetivo avaliar a capacidade do indivíduo para desempenhar as funções típicas do cargo que ocupará. Resistência, velocidade, força, flexibilidade e coordenação motora são habilidades cobradas nesses exames.
De acordo com Elon Junior, professor de educação física do Concurso Virtual e autor do livro 'Preparação Física para Concursos' (Editora Campus-Elsevier), é comum pessoas altamente qualificadas intelectualmente serem consideradas inaptas fisicamente. Por se tratar geralmente da última fase da seleção, muitos candidatos deixam para se preparar para o teste físico somente depois de aprovados nas provas escritas e subjetivas
- Muitos candidatos dedicam pouco tempo aos treinos, pois a rotina de estudos e trabalho é cansativa. E tem os que, simplesmente, acreditam que já têm preparo físico e, portanto, conseguirão executar os exercícios avaliados - afirma.
Segundo ele, os índices de reprovação só vão começar a cair quando os candidatos mudarem a forma de se prepararem para a prova.
- Embora um pequeno percentual de concurseiros já esteja se conscientizando da importância de treinar com antecedência, a grande maioria treina muito em cima. Arrisco dizer que 99% dos que almejam um cargo público tomam a decisão equivocada de treinar após a aprovação da primeira fase. Por que afirmo decisão equivocada? Porque quando sai a relação dos aprovados convocando para o TAF, geralmente, o tempo é em torno de quatro a seis semanas, e para muitos, fica inviável promover um treinamento eficaz.
Elon explica que, como o tempo é curto, muitos candidatos querem resultados milagrosos e pulam etapas de treinamento, consequentemente entrando em overtrainer (excesso de treinamento), o que aumenta a probabilidade de ocorrerem lesões. Dependendo da gravidade, o candidato fica impossibilitado de se submeter aos testes e é reprovado.
O preparador físico do Curso Maxx, Fábio Azevedo, lembra que não há um teste que venha a valer mais que o outro nas provas de aptidão física. O que existe é um mínimo a ser atingido para não ser considerado inapto:
- Mas é preciso ter cuidado, pois nem sempre fazendo somente o mínimo o aluno irá passar, devido a uma solicitação de pontuação mínima no somatório dos testes.
Azevedo dá como exemplo a prova da Polícia Federal, onde o mínimo em cada modalidade são dois pontos. No entanto, no somatório do conjunto, o candidato deverá perfazer um total de 12 pontos, o que só poderia ser alcançado se obtiver três pontos em cada teste.
Os especialistas aconselham que o candidato treine sob a orientação de um professor de educação física registrado no Conselho Regional de Educação Física e que tenha experiência com teste físico para concursos.
- Se preocupar apenas com o condicionamento não é suficiente. É preciso passar para os alunos como executar cada teste exigido no edital, além de orientar quais erros não podem cometer na hora da avaliação - diz Elon.
Antes de começar os treinos, o candidato deve passar por um check-up com um cardiologista, para saber se está 100% apto a praticar atividades físicas. Azevedo ressalta a importância de o aluno passar por uma avaliação minuciosa antes que seja prescrita a rotina de treinamento, que deve começar com os exercícios mais simples, em pequenas doses, passando para os mais complexos.
Como deve ser a rotina de treinamentos:
De acordo com o professor Elon Júnior, o treinamento deve ser diário (seis vezes por semana) para os já praticantes de atividade física e três vezes por semana para os iniciantes, deixando um dia de intervalo para recuperar o desgaste do dia do treino. A ideia é progredir gradativamente, logo após a adaptação da carga de treino.
Como a maioria dos TAFs exige mais de três testes, intercale um dia para a parte anaeróbia (força e potência), que pode ser trabalhada através de exercícios abdominais, de barra e flexão, e no outro a parte aeróbia (resistência), que poderá ser uma corrida contínua acima de 30 minutos. Vale lembrar que aqueles que não conseguem correr esse tempo continuamente podem intercalar com caminhada.
Da Agência O Globo
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