São Paulo - Pesquisadores brasileiros e britânicos vão trocar
conhecimento sobre estudos de degradação de florestas no Brasil e na
Malásia e, a partir disso, desenvolver tecnologias de recuperação do
ecossistema. O programa de pesquisa colaborativa foi lançado hoje (19)
na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp).
A Fapesp e o Natural Environment Research Council (Nerc), um dos sete
Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, em inglês), irão financiar o
programa, avaliado em R$ 10 milhões, com duração de cinco anos. Os
pesquisadores interessados poderão apresentar as suas propostas até o
próximo dia 16 de agosto. A chamada já está disponível no site da instituição.
De acordo com a Fapesp, os estudos serão desenvolvidos por meio do
Programa sobre Processos da Biodiversidade e de Ecossistemas em
Florestas Tropicais Modificadas pelo Homem (Biodiversity and Ecosystem
Processes in Human-Modified Tropical Forests), que irá apoiar projetos
de pesquisa de campo em Sabah, Malásia, e, no Brasil, para investigar
como as mudanças em florestas tropicais afetam a biodiversidade, os
serviços ambientais e o clima.
Esse trabalho inclui as experiências já em andamento nos programas
Biota e sobre Mudanças Climáticas Globais, e poderá utilizar a
infraestrutura criada pela Fapesp tanto na Mata Atlântica como na região
amazônica, onde a instituição apoia estudos do Experimento de Grande
Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).
O pesquisador Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP), disse
que o estudo comparativo permitirá saber quais foram os danos e os
processos bioquímicos e biológicos associados às alterações, bem como
buscar meios de remediar e recuperar as áreas degradadas.
“É um projeto interessante porque permite, pela primeira vez no Brasil,
uma análise comparativa de duas regiões de florestas tropicais
distintas. E o Brasil precisa entender melhor os processos dos seus
próprios ecossistemas”, defendeu o cientista.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.
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