sexta-feira, 15 de junho de 2012

Jovens discutem projeto para desenvolvimento sustentável


Rio de Janeiro — O papel dos jovens na política de educação ambiental é fundamental para ajudar a construir um conjunto de ações na área. O ponto de vista é da secretária de educação continuada, alfabetização, diversidade e inclusão do Ministério da Educação, Cláudia Dutra. Ela abriu os trabalhos desta quinta-feira, 14, do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, na conferência Rio+20, no Rio de Janeiro.
Durante todo o dia, cerca de 400 participantes do encontro discutirão o papel dos jovens na construção de espaços educadores sustentáveis e a agenda da juventude para um projeto de desenvolvimento sustentável.

Na visão da secretária, a educação ambiental não pode ser tratada apenas como uma temática, uma disciplina, mas como parte do projeto político-pedagógico das escolas, e deve estar aliada às relações com o mundo político, econômico e social. “A educação ambiental envolve uma concepção de mundo”, afirmou.

Segundo Cláudia Dutra, as ações do MEC na área incluem a formação de professores, a participação ativa dos estudantes e a mobilização social. Quanto à formação docente, a secretária lembrou que, este ano, mais de 20 mil professores inscreveram-se em cursos de educação continuada na área ambiental. Além disso, a partir de agora, com a homologação das diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental, o tema terá de ser abordado nas licenciaturas e em toda a formação inicial.

Nos últimos três anos, mais de 16,8 mil professores de escolas públicas fizeram cursos de educação ambiental. O tema integra a Rede de Educação para a Diversidade, em parceria com o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os cursos são ofertados na modalidade semipresencial, em níveis de aperfeiçoamento e especialização, com reserva de 20% das vagas para atendimento de demanda social. Ou seja, para agentes sociais que integram a comunidade escolar ou que tenham influência direta sobre ela.

Recursos — Cláudia Dutra também abordou o programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável. “As escolas de educação básica terão recursos específicos para trabalhar a questão socioambiental”, explicou. Em 2012, serão beneficiadas 2 mil escolas. Cada uma vai receber de R$ 8 mil a R$ 14 mil, de acordo com o número de alunos. O programa vai liberar, em três anos, mais de R$ 100 milhões, a serem aplicados, nas escolas públicas, em projetos ambientais, como hortas escolares, eficiência energética, coleta de água da chuva, separação seletiva do lixo e até adaptação de espaços físicos em prédios sustentáveis.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê o repasse de recursos financeiros a escolas que disponham de unidade executora própria (UEx) e que tenham respondido o Censo Escolar de 2011. A verba deve ser empregada em ações que propiciem condições favoráveis à melhoria da qualidade de ensino e à transição das escolas para a sustentabilidade socioambiental.
FONTE: PORTAL DO MEC.


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