Rio de Janeiro — O papel dos jovens na política
de educação ambiental é fundamental para ajudar a construir um conjunto de
ações na área. O ponto de vista é da secretária de educação continuada,
alfabetização, diversidade e inclusão do Ministério da Educação, Cláudia Dutra.
Ela abriu os trabalhos desta quinta-feira, 14, do Encontro de Juventude e
Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, na conferência Rio+20, no Rio
de Janeiro.
Durante
todo o dia, cerca de 400 participantes do encontro discutirão o papel dos
jovens na construção de espaços educadores sustentáveis e a agenda da juventude
para um projeto de desenvolvimento sustentável.
Na visão
da secretária, a educação ambiental não pode ser tratada apenas como uma
temática, uma disciplina, mas como parte do projeto político-pedagógico das
escolas, e deve estar aliada às relações com o mundo político, econômico e
social. “A educação ambiental envolve uma concepção de mundo”, afirmou.
Segundo
Cláudia Dutra, as ações do MEC na área incluem a formação de professores, a
participação ativa dos estudantes e a mobilização social. Quanto à formação
docente, a secretária lembrou que, este ano, mais de 20 mil professores
inscreveram-se em cursos de educação continuada na área ambiental. Além disso,
a partir de agora, com a homologação das diretrizes curriculares nacionais para
a educação ambiental, o tema terá de ser abordado nas licenciaturas e em toda a
formação inicial.
Nos
últimos três anos, mais de 16,8 mil professores de escolas públicas fizeram
cursos de educação ambiental. O tema integra a Rede de Educação para a
Diversidade, em parceria com o sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os
cursos são ofertados na modalidade semipresencial, em níveis de aperfeiçoamento
e especialização, com reserva de 20% das vagas para atendimento de demanda
social. Ou seja, para agentes sociais que integram a comunidade escolar ou que
tenham influência direta sobre ela.
Recursos — Cláudia Dutra também abordou o
programa Dinheiro Direto na Escola – Escola Sustentável. “As escolas de
educação básica terão recursos específicos para trabalhar a questão
socioambiental”, explicou. Em 2012, serão beneficiadas 2 mil escolas. Cada uma
vai receber de R$ 8 mil a R$ 14 mil, de acordo com o número de alunos. O
programa vai liberar, em três anos, mais de R$ 100 milhões, a serem aplicados,
nas escolas públicas, em projetos ambientais, como hortas escolares, eficiência
energética, coleta de água da chuva, separação seletiva do lixo e até adaptação
de espaços físicos em prédios sustentáveis.
O Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prevê o repasse de recursos
financeiros a escolas que disponham de unidade executora própria (UEx) e que
tenham respondido o Censo Escolar de 2011. A verba deve ser empregada em ações
que propiciem condições favoráveis à melhoria da qualidade de ensino e à
transição das escolas para a sustentabilidade socioambiental.
FONTE:
PORTAL DO MEC.
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