As universidades públicas federais e
instituições particulares de educação superior vão oferecer mais 2.415
vagas em cursos de medicina a partir do segundo semestre deste ano. A
expansão autorizada pelo Ministério da Educação contempla todas as
regiões do país. Nas instituições superiores do Norte e Nordeste serão
abertas 1.365 vagas.
Em universidades públicas federais, a expansão da oferta do ensino de
medicina prevê a abertura de 1.615 vagas, sendo 1.040 em 18 novos
cursos em 12 estados. Recentemente criadas, as universidades federais do
Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), do Sul da Bahia (UFSBA) e do Oeste
da Bahia (Ufoba) vão ofertar 220 vagas. Os cursos já existentes nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão 355 vagas. Outras 800 vagas
serão abertas em nove instituições particulares.O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou em entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira (5), que a qualidade na expansão do número de vagas será acompanhada pelo governo federal. “Nosso esforço é ampliar com qualidade a quantidade de vagas em cursos de medicina. Não estamos com pressa, queremos fazer bem feito”, disse.
Até o final de 2013 todas as vagas já devem estar implantadas. Ele também ressaltou que a abertura de novas vagas seguiu critérios específicos, como a disponibilidade de uma rede hospitalar que possa acompanhar a formação do médico, além do chamado índice de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), que deve ser de cinco para cada profissional em formação.
Sobre a concentração das novas vagas nas regiões Norte e Nordeste, o ministro destacou que este é um esforço que precisa ser complementado com ações que mantenham os médicos em suas localidades de formação. “Há uma dispersão muito grande quando analisamos médicos e vagas. Não basta apenas uma política de desconcentração, mas para fixação”, explicou.
Para apoiar a expansão das vagas serão contratados 1.618 professores e 868 técnicos administrativos. Com 1,8 médicos para cada mil habitantes, o Brasil tem, proporcionalmente, pequeno número de profissionais nessa área, quando comparado a outros países da América Latina. A média de vizinhos como Argentina e Uruguai chega a 3,1 e a 3,7 médicos por mil habitantes, respectivamente. Alguns países europeus contam, proporcionalmente, com o dobro de médicos.
É o caso da França (3,5), Alemanha (3,6), Portugal (3,9) e Espanha (4,0). “Temos uma oferta de médicos insuficiente para atender a sociedade brasileira”, ressaltou Mercadante, ao citar dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Fonte: Ministério da Educação
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